Tecnologia

Kepler Space Telescope: a jornada do ‘caçador de planetas’ que transformou a astronomia

O livro "Hidden in the Heavens" revela desafios da missão Kepler da NASA. William Borucki enfrentou resistência ao propor um telescópio para exoplanetas. Kepler detectou milhares de exoplanetas ao observar a luz das estrelas. Decisões críticas sobre ajustes no telescópio impactaram a missão. A dinâmica da equipe científica foi essencial para o sucesso da Kepler.

Impressão artística de um planeta semelhante à Terra orbitando sua estrela. (Foto: Detlev Van Ravenswaay/SPL)

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Na década de 1980, o engenheiro da NASA, William Borucki, enfrentou um painel que questionava sua ideia de um telescópio espacial para detectar exoplanetas, ou planetas fora do nosso sistema solar. Apesar da pressão para desistir, Borucki convenceu os especialistas a apoiá-lo, levando à aprovação da missão em 2001 e ao lançamento do Kepler Space Telescope em 2009. Este telescópio se tornou o mais eficaz na busca por planetas, identificando milhares de mundos distantes.

O Kepler detectava planetas ao observar a diminuição da luz de uma estrela quando um planeta passava na frente dela. Jason Steffen, astrofísico que se juntou à equipe antes do lançamento, descreve a complexidade desse processo, comparando-o a procurar uma mosca em Las Vegas vista do espaço. Para validar a eficácia do telescópio, o vice-investigador principal, David Koch, criou um experimento que simulava a passagem de um planeta, provando que a ideia era viável.

A missão exigiu a seleção cuidadosa de estrelas-alvo, pois era necessário monitorar a luz de cada uma por vários anos para confirmar a presença de planetas. A equipe enfrentou desafios técnicos, como distinguir a luz de estrelas em áreas densas do céu, evitando aquelas que saturariam os detectores. A escolha final foi uma região rica em estrelas, mas que não sobrecarregaria o telescópio.

Durante a missão, a equipe de cientistas também enfrentou dificuldades na colaboração, com alguns membros sobrecarregados e outros sem tarefas. Steffen implementou mudanças para garantir que todos tivessem acesso às informações e reuniões. Além disso, a equipe teve que decidir se ajustaria o foco do telescópio após imagens iniciais apresentarem borrões. A decisão de mover o espelho, mesmo que em apenas 40 micrômetros, resultou em imagens mais nítidas, demonstrando a importância de intervenções cuidadosas em missões espaciais.

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