Tecnologia

Telescópio Euclides faz história ao descobrir um Anel de Einstein próximo à Terra

O telescópio Euclides, da ESA, foi lançado em julho de 2023 para explorar o universo. Durante testes, detectou um Anel de Einstein na galáxia NGC 6505, a 590 milhões de anos luz. A luz de uma galáxia distante, a 4,42 bilhões de anos luz, foi distorcida pela gravidade. A descoberta é rara e útil para estudar matéria escura e expansão do universo. O Euclides pode mapear um terço do céu, prometendo revolucionar a astrofísica.

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O anel de luz que circunda o centro da galáxia NGC 6505, como nesta representação, capturado pelo telescópio Euclides da ESA, é um exemplo impressionante de um anel de Einstein (Foto: ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, processamento de imagem por J.-C. Cuillandre, T. Li)

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O telescópio espacial Euclides, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançado em julho de 2023, iniciou sua missão de seis anos focada na exploração do lado escuro do universo. Durante os testes iniciais, a sonda enviou imagens borradas, mas o cientista Bruno Altieri, do Arquivo Euclides, identificou um fenômeno raro: um Anel de Einstein na galáxia NGC 6505, situada a cerca de 590 milhões de anos-luz da Terra. Este anel é resultado da luz de uma galáxia distante, a 4,42 bilhões de anos-luz, distorcida pela gravidade ao longo de seu percurso.

Altieri comentou sobre a descoberta, afirmando: “Eu olho os dados do Euclides conforme eles chegam. Mesmo a partir da primeira observação, eu pude ver, mas depois que o Euclides fez mais observações da área, pudemos ver um Anel de Einstein perfeito.” O fenômeno é um exemplo de lente gravitacional forte, onde a gravidade de galáxias massivas dobra a luz, permitindo a visualização de objetos que estariam ocultos. Conor O’Riordan, do Instituto Max Planck de Astrofísica, destacou a importância científica dessas lentes, afirmando que são raras e úteis para a pesquisa.

O estudo de anéis gravitacionais é crucial para entender a expansão do universo, além de investigar a matéria escura e a energia escura. A descoberta de um anel tão perfeito em uma galáxia conhecida desde 1884 evidencia a capacidade do Euclides. Valeria Pettorino, Cientista do Projeto Euclides da ESA, ressaltou: “Isso demonstra o quão poderoso é o Euclides, encontrando coisas novas mesmo em lugares que pensávamos conhecer bem.” O telescópio irá mapear mais de um terço do céu, observando bilhões de galáxias e espera-se que encontre cerca de 100.000 lentes gravitacionais fortes.

A missão do Euclides, embora focada em detectar lentes gravitacionais fracas, já mostra seu potencial ao revelar segredos do universo. O’Riordan afirmou que “o Euclides vai revolucionar a área, com todos esses dados que nunca obtivemos antes”, destacando a importância da missão para a astrofísica. A descoberta do Anel de Einstein é um marco significativo, prometendo avanços na compreensão do cosmos.

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