04 de mar 2025
Boom Supersonic e Nasa capturam ondas de choque em voo supersônico no deserto da Califórnia
O XB 1, da Boom Supersonic, quebrou a barreira do som em 10 de fevereiro. A técnica de fotografia Schlieren capturou ondas de choque do voo supersônico. O piloto Tristan Brandenburg posicionou o XB 1 para otimizar a documentação. Dados indicam ausência de estrondos sônicos audíveis durante os testes. A tecnologia "Boomless Cruise" pode reduzir voos em até 90 minutos, mas desafios permanecem.
Foto:Reprodução
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Uma imagem recente revelou o momento em que o avião experimental XB-1, da Boom Supersonic, quebrou a barreira do som durante seu segundo voo de testes, realizado em 10 de fevereiro no Deserto de Mojave, EUA. A aeronave alcançou velocidades superiores a Mach 1, equivalente a aproximadamente 1.235 quilômetros por hora ao nível do mar. A quebra da barreira do som gera uma onda de choque visível, conhecida como estrondo sônico.
A Boom Supersonic, em parceria com a Nasa, utilizou a técnica de fotografia Schlieren para capturar imagens das ondas de choque do XB-1. Essa técnica permite visualizar variações na densidade do ar, tornando as ondas de choque visíveis. O piloto de testes, Tristan “Geppetto” Brandenburg, foi essencial para o experimento, posicionando a aeronave em um local e horário específicos para a documentação.
Para garantir a precisão, a equipe da Boom desenvolveu um software de aviônicos que guiou o piloto a pontos predefinidos, calculados pela Nasa. As imagens foram capturadas com telescópios terrestres equipados com filtros especiais, que detectam distorções no ar. Além das imagens, dados indicaram a ausência de estrondos sônicos audíveis no solo durante os voos do XB-1.
A Boom Supersonic planeja usar as informações dos testes para desenvolver o “Boomless Cruise”, tecnologia que permitirá ao futuro avião comercial supersônico Overture voar a até Mach 1.3 sem produzir estrondos audíveis. Essa inovação pode reduzir o tempo de voo em rotas como a costa leste-oeste dos EUA em até 90 minutos. Apesar dos avanços, especialistas alertam para os desafios técnicos e regulatórios que ainda precisam ser superados antes da implementação comercial da tecnologia.
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