Amazon inicia disputa com Starlink ao lançar 27 satélites para conectividade global

Amazon lançou no dia 28 de abril os primeiros 27 satélites do projeto Kuiper, com o objetivo de competir diretamente com a constelação Starlink, de Elon Musk. A iniciativa visa oferecer um serviço de internet mais acessível e de melhor qualidade, com cobertura global prevista para 2029.

A disputa entre Musk e Jeff Bezos representa uma nova era na conectividade global. Starlink já conta com mais de 8.400 satélites em operação, atendendo cinco milhões de usuários em 125 países e gerando cerca de 12 bilhões de dólares anuais. Em contrapartida, o projeto Kuiper da Amazon, após atrasos, começa a ganhar forma com a aprovação para o lançamento de mais de 12.000 satélites.

A estratégia da Amazon inclui a utilização de sua infraestrutura de cloud computing da AWS e sua rede logística global para distribuir terminais de internet. A empresa planeja fabricar dezenas de milhões de dispositivos acessíveis, aproveitando sua experiência em produtos de consumo e atendimento ao cliente.

A Corrida Espacial

Nos últimos anos, o número de satélites em órbita terrestre cresceu significativamente, passando de mil para mais de 11.000. Essa nova geração de satélites em órbita baixa (LEO) permite uma cobertura mais rápida e eficiente, ideal para áreas remotas e para a conectividade de contêineres em transporte marítimo.

A crescente importância das constelações de satélites também levanta questões de soberania nacional. O uso estratégico da Starlink em conflitos, como na Ucrânia, gerou preocupações em várias regiões, levando a iniciativas como o IRIS² na Europa e projetos similares na China e Canadá.

Com a Amazon agora no jogo, a competição não se limita apenas à oferta de internet, mas também à construção de uma nova geração de serviços digitais. A pergunta que se coloca é como a Starlink irá se adaptar ao ecossistema mais amplo que a Amazon está criando.