05 de fev 2025
Universidade Federal de Minas desenvolve tecnologia para absorver CO2 de caminhões
Tecnologia da UFMG absorve CO2 de caminhões, alcançando 17,2% na cidade. Professor Jadson Belchior prevê captura de até 80% com resfriamento do gás. Brasil emitiu 2,2 bilhões de gases de efeito estufa em 2023, com caminhões liderando. Projeto de quase 20 anos já resultou em 21 patentes, 11 concedidas. Potencial de uso em geradores de energia a diesel ainda não testado, mas promissor.
Caminhão no Paraná (Foto: Divulgação)
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Uma nova tecnologia desenvolvida no Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) promete ser uma solução no combate às mudanças climáticas. Trata-se de um material inovador que consegue absorver até 17,2% do dióxido de carbono (CO2) emitido por caminhões durante suas operações. Testado em um percurso de 170 quilômetros, o sistema demonstrou eficácia significativa, especialmente em áreas urbanas.
Em 2023, o Brasil emitiu 2,2 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, com o setor automobilístico contribuindo de forma relevante. Os caminhões, que utilizam diesel, são os maiores emissores de CO2 entre os veículos. O professor Jadson Cláudio Belchior, responsável pela pesquisa, destaca que a expectativa das montadoras era alcançar 8% de captura de CO2 apenas em 2040, enquanto a tecnologia da UFMG já atinge esse percentual com 15 anos de antecedência.
A pesquisa, que já dura quase 20 anos, evoluiu de um material que absorvia CO2 a 600ºC para um que opera a apenas 100ºC, aumentando a eficiência energética. O CO2 capturado pode ser reutilizado em diversas indústrias, como a de bebidas e combustíveis sintéticos, promovendo a economia circular. Atualmente, a tecnologia é considerada um protótipo que ainda precisa ser aprimorado.
O projeto recebeu apoio financeiro de várias instituições, incluindo a Fapemig e montadoras como a Fiat. Com 21 patentes depositadas, a pesquisa também vislumbra aplicações em geradores de energia a diesel, onde a captura de CO2 pode ser ainda mais eficiente. Belchior acredita que, com mais investimentos, a tecnologia pode alcançar uma captura de até 80% do CO2 emitido.
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