Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford e pela Universidade Técnica de Munique revela que 79% dos entrevistados desejam que conteúdos prejudiciais, como ameaças e difamação, sejam restringidos nas redes sociais. O estudo, publicado em 11 de fevereiro de 2024, envolveu cerca de 13.500 participantes de dez países, incluindo Brasil, Estados Unidos e nações europeias. […]
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford e pela Universidade Técnica de Munique revela que 79% dos entrevistados desejam que conteúdos prejudiciais, como ameaças e difamação, sejam restringidos nas redes sociais. O estudo, publicado em 11 de fevereiro de 2024, envolveu cerca de 13.500 participantes de dez países, incluindo Brasil, Estados Unidos e nações europeias. Os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2024, com a coordenação do instituto Bilendi & Respondi.
Os resultados mostram que 86% dos brasileiros e cidadãos da Alemanha e Eslováquia acreditam que incitações à violência devem ser removidas das plataformas. Em contraste, apenas 17% dos participantes defendem a permissão para postagens ofensivas, com a maior aceitação nos EUA (29%) e a menor no Brasil (9%). A pesquisa indica que a maioria prefere plataformas que priorizem a segurança em vez da liberdade de expressão irrestrita.
Apesar da preferência por moderação, 59% dos entrevistados acreditam que a exposição a conteúdos negativos é inevitável nas redes sociais. Além disso, 65% esperam receber comentários agressivos ao expressar suas opiniões, com índices de 81% na África do Sul e 73% nos EUA. A responsabilidade pela segurança online é vista como compartilhada entre plataformas (35%), cidadãos (31%) e governos (30%).
O estudo destaca a falta de consenso sobre os limites entre liberdade de expressão e moderação, dificultando a criação de regulamentações globais. Yannis Theocharis, professor da Universidade Técnica de Munique, observa que a pesquisa contradiz a visão de empresários como Mark Zuckerberg e Elon Musk, que defendem a liberdade de expressão sem restrições. A pesquisa sugere que, apesar da preferência por moderação, ainda há desafios significativos para garantir um ambiente online seguro e saudável.