Tecnologia

A guerra contra a pirataria no futebol derruba milhares de sites legítimos na Espanha

LaLiga bloqueou IPs da Cloudflare, afetando mais de 160.000 sites na Espanha. A disputa entre LaLiga e Cloudflare envolve pirataria de transmissões de futebol. Empresas legítimas enfrentam perdas financeiras devido a bloqueios indiscriminados. Cloudflare acusa LaLiga de priorizar interesses comerciais sobre acesso à internet. A crise revela tensões entre direitos autorais e a neutralidade da rede na Europa.

"Partido recente entre o Atlético e o Real Madrid. Antes deste jogo, a LaLiga disse que desativou a plataforma de pirataria DuckVision. (Foto: Manu Fernandez/APS)"

"Partido recente entre o Atlético e o Real Madrid. Antes deste jogo, a LaLiga disse que desativou a plataforma de pirataria DuckVision. (Foto: Manu Fernandez/APS)"

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Nos últimos dias, milhares de internautas na Espanha enfrentaram problemas com o acesso a diversas páginas da web, sem uma explicação clara. A situação se agravou devido a um conflito entre LaLiga, que detém os direitos do campeonato de futebol espanhol, e a empresa de serviços digitais Cloudflare, resultando em bloqueios de IPs que afetaram mais de 160 mil sites no país. A disputa gira em torno da pirataria de transmissões de futebol, onde LaLiga acusa a Cloudflare de lucrar com atividades ilegais, enquanto a empresa defende o direito de acesso à internet.

O problema começou em 1º de fevereiro, quando usuários de uma plataforma de jogos relataram que o site estava fora do ar. O criador da página, Daniel Galán, não encontrou anomalias em suas configurações e, ao buscar ajuda, descobriu que a operadora Movistar estava bloqueando conexões que utilizavam Cloudflare. Especialistas da área afirmaram que nunca haviam visto algo semelhante em suas carreiras, destacando a gravidade da situação.

A disputa entre as duas empresas se intensificou quando LaLiga anunciou a desativação de uma plataforma de pirataria, levando a especulações sobre os cortes de internet. A empresa de futebol também fez alegações sérias, ligando Cloudflare a atividades ilegais, incluindo pornografia infantil. As operadoras de telecomunicações, como Vodafone e Orange, afirmaram que estavam apenas cumprindo ordens judiciais, mas especialistas indicam que a aplicação dessas ordens pode variar conforme os interesses das empresas.

Os impactos foram significativos para muitos sites, que relataram perdas de tráfego de até 30%. Proprietários de páginas, como Galán e Luis Rodríguez, expressaram preocupações sobre a perda de credibilidade e receita devido aos bloqueios. A situação destaca a complexidade do equilíbrio entre a proteção de direitos autorais e o acesso à internet, com LaLiga buscando medidas mais rigorosas contra a pirataria, enquanto Cloudflare e outras empresas argumentam que tais ações prejudicam usuários legítimos.

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