Tecnologia

China avança na corrida da fusão nuclear, desafiando a liderança dos EUA em energia limpa

A corrida pela fusão nuclear entre China e EUA intensifica se, com investimentos crescentes. China acelera construção do campus CRAFT, maior que projetos americanos, até 2025. Fusão nuclear gera quatro vezes mais energia que fissão, sem resíduos tóxicos. EUA enfrenta desafios em financiamento, enquanto China investe R$ 1,5 bilhão anualmente. China lidera em patentes e doutorados em fusão, enquanto EUA se concentra em máquinas antigas.

Aqui, o módulo pré-amplificador aumenta a energia do laser enquanto se dirige para a câmara de alvo na Instalação Nacional de Ignição. (Foto: Damien Jemison, Laboratório Nacional Lawrence Livermore)

Aqui, o módulo pré-amplificador aumenta a energia do laser enquanto se dirige para a câmara de alvo na Instalação Nacional de Ignição. (Foto: Damien Jemison, Laboratório Nacional Lawrence Livermore)

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A corrida pela criação da primeira energia de fusão nuclear em escala de rede entre China e Estados Unidos está se intensificando. A China, investindo o dobro que os EUA, avança rapidamente em projetos que prometem revolucionar a energia limpa. A fusão nuclear, considerada o "santo graal" da energia, gera quatro vezes mais energia por quilo de combustível do que a fissão nuclear e quatro milhões de vezes mais do que a queima de carvão, sem emissões de gases de efeito estufa ou resíduos radioativos de longo prazo. Segundo a Ignition Research, o mercado pode alcançar US$ 1 trilhão até 2050.

Atualmente, as únicas usinas de fusão em funcionamento são as estrelas, conforme observa Dennis Whyte, professor do MIT. Desde o primeiro teste de fusão em 1952, cientistas lutam para controlar as reações de fusão, que ocorrem quando átomos de hidrogênio se fundem em temperaturas extremas, formando plasma. Métodos como o uso de ímãs poderosos em um tokamak ou lasers de alta energia são explorados para controlar esse plasma. Em 2022, os EUA alcançaram um marco histórico ao produzir energia líquida no Lawrence Livermore National Ignition Facility.

O investimento privado em startups de fusão nos EUA disparou para mais de US$ 8 bilhões, com empresas como Commonwealth Fusion Systems e Helion liderando. Enquanto isso, a China investe cerca de US$ 1,5 bilhão anualmente em fusão, superando os US$ 800 milhões dos EUA. Apesar de os EUA terem mais usinas nucleares ativas, a China constrói mais reatores de fissão e está se aproximando na fusão, com projetos como o CRAFT e o tokamak BEST, que deve ser concluído em 2027.

A rápida expansão da China em projetos de fusão ocorre em um momento em que os EUA se concentram na atualização de máquinas antigas. A falta de novos investimentos e a perda de talentos para o exterior têm sido preocupações crescentes. Além disso, a China está dominando o desenvolvimento de materiais avançados necessários para fusão, investindo dez vezes mais que os EUA. A corrida pela fusão nuclear não é apenas uma questão de energia, mas também de liderança tecnológica e inovação global.

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