11 de mai 2025
Iniciativa Deepclimate busca unir ciência e tecnologia para soluções climáticas no Brasil
Iniciativa Deepclimate busca conectar ciência e tecnologia para impulsionar soluções climáticas no Brasil e atrair investimentos internacionais.
Público no lançamento da iniciativa Deepclimate, em São Paulo, na última terça-feira (6). (Foto: Divulgação)
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Pesquisadores brasileiros enfrentam dificuldades para transformar inovações científicas em negócios, devido à desconfiança de investidores que os veem como cientistas e não empreendedores. Para abordar essa questão, foi lançada a iniciativa Deepclimate em São Paulo, no dia seis de maio. O projeto visa integrar ciência e tecnologia no ecossistema de impacto, desenvolvendo soluções climáticas e atraindo capital internacional, especialmente com a COP30 se aproximando.
A aceleradora de impacto Quintessa e o Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia) estão à frente da iniciativa. As deep techs climáticas representam quarenta por cento do total brasileiro, com oitocentas e setenta e cinco startups, das quais quatrocentas e setenta e sete atuam em áreas relacionadas. Dentre elas, trezentas e trinta e três estão em fase de validação de negócios. Anna de Souza Aranha, cofundadora da Quintessa, afirma que as soluções atuais não são suficientes para a crise climática e precisam de maturidade para serem adotadas pelo mercado.
Os pesquisadores frequentemente conseguem recursos não reembolsáveis no início, mas enfrentam um "vale da morte" até que seus projetos se tornem viáveis. Um relatório da Emerge indica que setenta por cento das deep techs receberam financiamento público, com destaque para a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) como principal financiadora. A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e o Sebrae também se destacam, com um investimento conjunto de R$ 44 milhões em 2024.
A COP30 representa uma oportunidade estratégica para o Brasil se posicionar como fornecedor de inovações climáticas. A iniciativa Deepclimate planeja lançar uma chamada pública em agosto, visando captar recursos antes da conferência global. Nariane Bernardo, COO da Inspectral, destaca que a participação em programas de inovação aberta foi crucial para conectar sua startup ao mercado e garantir financiamento.
Além de levar a visão de negócios para os laboratórios, é necessário ajudar o mercado financeiro a entender a importância das deep techs. Carlos Lopes, diretor da Fundepar, ressalta que é preciso ter paciência em relação ao retorno financeiro, considerando o custo de não investir em soluções para a mudança climática. O Deepclimate buscará inovações em quatro áreas: uso da terra, descarbonização da indústria, água e desastres climáticos.
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