14 de mai 2025
GVT transforma internet no Brasil com fibra óptica e amplia acesso à conectividade
Pequenos provedores de internet superam grandes operadoras no Brasil, enquanto iniciativas buscam conectar municípios isolados até 2028.
Tampa de acesso a cabeamento subterrâneo da operadora de internet e telefone GVT, que operou no país até 2015 (Foto: Pedro S. Teixeira/Folhapress)
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A internet no Brasil passou por uma transformação significativa desde sua introdução nos anos 90. O fundador da GVT, Amos Genish, destacou que, em 1999, enquanto nos Estados Unidos a conexão de banda larga era comum, no Brasil a internet discada oferecia apenas 25 kb/s. Desde então, o cenário mudou drasticamente, com cerca de 22 mil empresas oferecendo serviços de transmissão de dados.
O primeiro serviço de fibra óptica no Brasil surgiu em 1997, mas a popularização da banda larga só ocorreu com a entrada da GVT e da Net no início dos anos 2000. Apesar dos esforços para universalizar a internet até 2024, muitas áreas ainda não têm acesso adequado. Genish observou que as antigas operadoras, que herdaram a infraestrutura da Telebras, cobravam altos preços pela conexão discada.
A GVT se destacou ao oferecer serviços de qualidade superior a preços competitivos. A empresa foi fundamental na instalação de cabos de fibra óptica em várias regiões do Brasil, conquistando rapidamente clientes em cidades médias. A Net, por sua vez, começou com TV a cabo e expandiu para internet e telefonia, aproveitando a regulamentação de 2001.
Nos últimos anos, pequenos provedores de internet têm crescido rapidamente, superando as grandes operadoras em número de clientes. Esses provedores, que não precisam de autorização da Anatel para atuar em áreas com menos de cinco mil acessos, têm levado internet de alta qualidade a municípios antes negligenciados. A Unifique e a Giga Mais Fibra, por exemplo, têm se destacado na pesquisa de qualidade da Anatel.
A expansão da rede 5G também foi impulsionada por esses provedores menores. A Unifique, por exemplo, está comprometida em levar o 5G a 670 cidades até 2030. No entanto, ainda existem 1.206 municípios sem acesso à infraestrutura de fibra óptica, o que limita a qualidade do sinal 5G.
A Entidade Administradora da Faixa (EAF), formada por investimentos de R$ 6 bilhões de Claro, Tim e Vivo, busca levar fibra óptica a municípios isolados até 2028. A EAF já instalou cabeamento em 60 municípios, utilizando uma estratégia que evita o desmatamento. Genish acredita que a solução para a falta de conectividade no Brasil requer subsídios públicos e soluções via satélite, como a oferecida pela Starlink, que já atende 324 mil domicílios no país.
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