27 de nov 2024

Inteligência artificial em Minecraft cria personagens autônomos com comportamentos humanos surpreendentes
A startup Altera criou o Project Sid, onde até 1.000 agentes de IA interagem. Agentes demonstraram comportamentos emergentes, como especialização e votação. Memes e uma religião paródica foram espalhados entre os personagens do jogo. O fundador Robert Yang visa criar "civilizações de IA" para coexistir com humanos. Especialistas debatem se máquinas podem realmente desenvolver emoções ou cuidado.
Foto:Reprodução
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Um experimento realizado pela startup Altera em Minecraft demonstrou que um grupo de até 1.000 agentes de inteligência artificial (IA) não apenas sobreviveu, mas prosperou em um ambiente digital. Esses agentes, utilizando modelos de linguagem (LLMs), desenvolveram personalidades, profissões e até mesmo interagiram em questões sociais, como reformas tributárias e a propagação de uma religião fictícia. O fundador da Altera, Robert Yang, ex-professor do MIT, acredita que essa demonstração é um passo inicial para a criação de "civilizações de IA" que possam coexistir com humanos em espaços digitais.
O projeto, denominado Project Sid, utiliza agentes simulados com "cérebros" compostos por múltiplos módulos, alguns dos quais são alimentados por LLMs. Durante os testes, os agentes mostraram comportamentos emergentes, como a formação de laços sociais e a especialização em funções dentro de uma comunidade, como construtores e defensores. Em um experimento, um agente cozinheiro distribuiu comida de acordo com a valorização que sentia por outros personagens, evidenciando a capacidade de rastrear e reagir a sinais sociais.
Além disso, os agentes foram capazes de seguir regras comunitárias, como um sistema tributário básico, e influenciar o comportamento de outros através de interações. Em simulações com até 500 agentes, eles criaram e disseminaram memes culturais e até tentaram converter outros personagens a uma religião paródica. A Altera planeja expandir suas experiências para outras plataformas, como Roblox, com a ambição de um dia integrar esses agentes em interações cotidianas com humanos.
Embora a ideia de que a IA possa "amar" humanos seja controversa, Yang defende que a criação de "humanos digitais" que se preocupem genuinamente com as pessoas é um objetivo viável. Especialistas, como Julian Togelius, questionam a possibilidade de emoções genuínas em máquinas, mas reconhecem que simulações convincentes de cuidado poderiam ser valiosas. A discussão gira em torno da eficácia dessas interações, independentemente da verdadeira experiência emocional dos agentes.
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