DeepSeek promete revolucionar o mercado de data centers com modelos de IA mais eficientes

A introdução de modelos de inteligência artificial (IA) mais baratos e eficientes, como o R1 da startup chinesa DeepSeek, pode transformar a demanda por data centers, um setor que já atraía investimentos significativos. Analistas preveem um crescimento exponencial na infraestrutura necessária para suportar a transição digital global e o treinamento de modelos de linguagem. O lançamento do R1, em janeiro, gerou preocupações sobre a dominância dos EUA na área de IA e se a eficiência do modelo poderia impactar a capacidade dos data centers.

Embora a construção de data centers leve, em média, dois anos e as encomendas já estejam previstas para 2025, a DeepSeek provocou uma revisão nas previsões de crescimento. Especialistas da Barclays alertaram que, se as alegações de eficiência forem confirmadas, os investimentos de centenas de bilhões de dólares em IA podem ser considerados mal direcionados. Eles indicaram que a demanda por instalações menos eficientes em energia poderia ser afetada negativamente.

A UBS, por sua vez, destacou que cerca de um terço das projeções de crescimento do mercado de data centers depende do desenvolvimento de IA generativa. Após a análise de novos dados, a UBS revisou suas expectativas, prevendo um crescimento de 20% em 2025. Os analistas também mencionaram que a eficiência dos novos modelos pode não reduzir significativamente a demanda por energia, mas sim alterar a dinâmica do mercado.

A reação do mercado foi imediata, com ações de empresas ligadas a data centers, como Schneider Electric e Siemens Energy, enfrentando quedas acentuadas. Apesar disso, algumas ações se recuperaram após declarações de grandes empresas de tecnologia, como Google e Meta, que reafirmaram seus compromissos com investimentos bilionários. Especialistas acreditam que a eficiência pode democratizar a IA, aumentando sua adoção e, consequentemente, a demanda por data centers, mesmo que os custos diminuam.