23 de fev 2025

Ferramenta de IA diagnostica diabetes, HIV e Covid-19 em amostras de sangue
Nova ferramenta de IA analisa células imunes em amostras de sangue para diagnósticos. Estudo na revista Science envolveu 600 participantes e diversas condições de saúde. IA detectou Covid 19, diabetes tipo 1, HIV e lúpus com precisão de 98,6%. Sistema imune registra doenças passadas, permitindo diagnósticos mais eficazes. Ferramenta ainda não é clínica, mas promete avanços em testes definitivos.
Foto:Reprodução
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Uma nova ferramenta de inteligência artificial foi desenvolvida para diagnosticar múltiplas infecções e doenças simultaneamente, analisando sequências de células imunes em amostras de sangue. O estudo, publicado na revista Science em 20 de fevereiro, envolveu cerca de 600 participantes, permitindo à IA identificar indivíduos saudáveis e aqueles com Covid-19, diabetes tipo 1, HIV ou lúpus. Além disso, a ferramenta também detectou quem havia recebido a vacina da gripe recentemente.
Embora ainda não esteja pronta para uso clínico, a pesquisa, liderada por Maxim Zaslavsky, cientista da computação da Universidade de Stanford, sugere que a IA pode um dia ajudar a diagnosticar condições sem testes definitivos. O sistema imunológico possui um registro extenso de doenças, com as células B produzindo anticorpos e as células T ativando respostas imunes. O aumento na quantidade dessas células indica infecções ou condições autoimunes, permitindo sequenciar genes que codificam receptores específicos.
Zaslavsky destacou que as ferramentas de diagnóstico atuais não utilizam adequadamente o registro de exposições do sistema imunológico. A nova ferramenta combina seis modelos de machine learning para analisar 16,2 milhões de receptores de células B e 23,5 milhões de células T, identificando padrões associados a doenças. A análise de 542 participantes com dados sobre essas células resultou em uma precisão de 0,986, próxima da performance perfeita, que seria 1.
Os dados coletados incluíram 63 casos de Covid-19, 95 de HIV, 86 de lúpus, 92 de diabetes tipo 1, 37 que tomaram a vacina da gripe e 220 saudáveis. Essa abordagem inovadora pode revolucionar o diagnóstico, oferecendo uma visão mais abrangente da atividade imune e suas implicações para a saúde.
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