Tecnologia

Robôs e humanos: a complexa relação entre tecnologia e empatia

Captchas, usados para distinguir humanos de máquinas, são superados por bots. O livro "Robots and the People Who Love Them" antecipa robôs sociais, apesar de críticas. Sarah A. Bell analisa a história da síntese de voz em "Vox ex Machina". Antonio A. Casilli argumenta que a automação transforma, mas não elimina, empregos. A dependência de trabalho humano em automação é subestimada e invisível.

Um trabalhador humano de tecnologia se escondendo abaixo do balcão onde um robô está ajudando os clientes. (Foto: Richard Chance)

Um trabalhador humano de tecnologia se escondendo abaixo do balcão onde um robô está ajudando os clientes. (Foto: Richard Chance)

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A discussão sobre a relação entre humanos e máquinas tem ganhado destaque, especialmente com o avanço da inteligência artificial (IA). Captchas, que são testes para distinguir humanos de robôs, revelam que, embora sejam projetados para evitar spam, os bots estão se tornando mais eficazes em resolvê-los do que os próprios humanos. Essa situação ilustra o que se conhece como paradoxo de Moravec, que sugere que tarefas complexas para humanos, como raciocínio lógico, são simples para máquinas, enquanto atividades básicas, como interagir socialmente, são desafiadoras para elas.

No livro "Robots and the People Who Love Them", a escritora Eve Herold explora como novas abordagens em aprendizado de máquina estão começando a resolver esse paradoxo. Ela menciona Pepper, um robô humanoide que foi promovido como um "robô emocional", mas que teve sua produção interrompida devido à baixa demanda. A autora argumenta que, apesar de falhas em produtos como Pepper, estamos à beira de uma nova era de robôs sociais que transformarão nossas relações interpessoais e a dinâmica do trabalho.

Por outro lado, Sarah A. Bell, em "Vox ex Machina", analisa a história da síntese de voz e como tentamos transferir expressões humanas para máquinas. Bell destaca que, desde os primeiros experimentos em laboratórios, a percepção pública frequentemente atribui mais autonomia às máquinas do que elas realmente possuem, refletindo uma tendência de antropomorfização que continua a influenciar nossa interação com a tecnologia.

Antonio A. Casilli, em "Waiting for Robots", argumenta que a automação não elimina empregos, mas transforma o trabalho em tarefas fragmentadas e desumanizadoras. Ele observa que, por trás de sistemas automatizados, há uma quantidade significativa de trabalho humano invisível, como o que alimenta plataformas de microtarefas. Casilli destaca que, em vez de robôs substituírem humanos, são os humanos que, muitas vezes, acabam realizando o trabalho dos robôs, evidenciando a complexidade da relação entre tecnologia e trabalho na sociedade contemporânea.

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