37% da população concorda que a inteligência artificial pode aumentar as desigualdades em seus países. (Foto: Cravetiger/Getty Images)

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América Latina enfrenta dilema entre regulação da IA e dependência tecnológica global - América Latina enfrenta dilema entre regulação da IA e dependência tecnológica global

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Em 2025, a tecnologia e a inteligência artificial (IA) se tornaram foco de atenção global, especialmente após a reeleição de Donald Trump, que alinhou grandes empresas de tecnologia à sua administração. A revogação da ordem executiva 14110, que visava o uso seguro da IA, e a nomeação de Elon Musk para liderar um novo departamento governamental, levantaram preocupações sobre a relação entre tecnologia e democracia. Um mês depois, o AI Action Summit em Paris, promovido por Emmanuel Macron, prometia um avanço em uma IA inclusiva, mas resultou em críticas por priorizar investimentos de 109 bilhões de euros para posicionar a França na corrida tecnológica global.

Na América Latina, a adaptação à rápida evolução tecnológica é uma preocupação crescente. Um estudo de 2024 revelou que 55% dos entrevistados em Argentina, Brasil, Colômbia e México apoiam a regulação da IA, com 65% entre aqueles com maior familiaridade com a tecnologia. Além disso, 37% acreditam que a IA pode aumentar desigualdades sociais. Felipe Estefan, da Luminate, destacou a oportunidade de aprender com os erros do passado, como a desinformação nas redes sociais, e a necessidade de regulamentação para evitar abusos.

Em 2024, o Brasil avançou na regulamentação da IA com um projeto de lei que busca estabelecer normas para a governança responsável da tecnologia, inspirado na legislação da União Europeia. O projeto propõe categorizar riscos e proibir sistemas que possam prejudicar indivíduos, além de exigir avaliações de impacto. No entanto, a participação do setor privado nas discussões foi significativa, com 31% dos espaços ocupados por empresas, levantando questões sobre a influência do lobby tecnológico nas decisões regulatórias.

Outros países, como Chile e Uruguai, também estão se destacando na implementação de tecnologias de IA, mas enfrentam desafios, como a desigualdade de gênero na pesquisa e desenvolvimento. O Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial da Cepal aponta que, apesar dos avanços, é necessário promover políticas que garantam a inclusão e a sustentabilidade no uso da IA, considerando o impacto ambiental e as necessidades locais. A discussão sobre como a América Latina pode desenvolver ecossistemas de IA que reflitam suas realidades e valores é cada vez mais urgente.

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