Inteligência artificial: um tsunami de transformação para países emergentes, diz executivo do SoftBank

Alex Szapiro, managing partner do SoftBank para a América Latina, afirmou que a Inteligência Artificial (IA) generativa representa uma transformação maior do que a metáfora de "onda" sugere, comparando-a a um tsunami. Durante sua participação no South Summit, em Porto Alegre, ele destacou que a tecnologia deve ser vista como uma revolução industrial da inteligência, enfatizando a importância da interação entre tecnologia e pessoas.

Szapiro acredita que a IA pode ajudar a reduzir desigualdades entre países emergentes e desenvolvidos, especialmente em setores como educação, saúde e infraestrutura. Ele mencionou que, com o acesso a ferramentas tecnológicas, países da América Latina podem competir em pé de igualdade com nações desenvolvidas, criando novas oportunidades para investidores.

O executivo citou o Pix como um exemplo de inovação brasileira que ganhou reconhecimento global, servindo de inspiração para o sistema de pagamentos instantâneos FedNow, lançado nos Estados Unidos. Ele também mencionou a startup Blip, que, após receber investimento do SoftBank, se tornou uma plataforma de inteligência conversacional em mais de 30 países, permitindo transações em aplicativos sociais.

Desde 2015, o SoftBank investe em IA, tendo criado o fundo Vision com um aporte inicial de US$ 2 bilhões. Recentemente, a holding anunciou um investimento de US$ 40 bilhões na OpenAI, reforçando seu compromisso com a inovação em tecnologia. Szapiro concluiu que a crescente acessibilidade à informação e ao processamento de dados pode gerar um grande salto em diversas áreas, beneficiando a América Latina.