Tecnologia

Inteligência artificial e criatividade: como a tecnologia transforma a música ao vivo

Artistas como Lizzie Wilson estão redefinindo a criatividade ao integrar inteligência artificial em performances de live coding, desafiando a passividade da criação artística.

Pesquisadora Lizzie Wilson se apresenta em um algorave em Londres, em pé sob luzes coloridas de festa, ao lado de uma mesa com um display de computador atrás dela. (Foto: Reprodução)

Pesquisadora Lizzie Wilson se apresenta em um algorave em Londres, em pé sob luzes coloridas de festa, ao lado de uma mesa com um display de computador atrás dela. (Foto: Reprodução)

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Artistas contemporâneos, como Lizzie Wilson, estão desafiando a percepção da criatividade ao integrar a inteligência artificial (IA) em suas performances. Em um evento recente em Londres, Wilson utilizou um projetor para exibir seu código enquanto criava música ao vivo, uma prática conhecida como live coding. Essa abordagem, que combina improvisação musical e programação, busca envolver o público de maneira mais interativa, permitindo que todos vejam o processo criativo em tempo real.

Wilson, que é pesquisadora no Creative Computing Institute da University of the Arts London, utiliza um agente de live coding, um modelo de IA que sugere batidas e loops, para enriquecer suas apresentações. Ela destaca que essa colaboração com a IA traz elementos de surpresa e inovação, permitindo que a tecnologia inspire novas direções criativas. Essa prática se insere em um movimento maior de co-criatividade, onde a IA é vista como uma ferramenta que pode potencializar a criatividade humana, em vez de torná-la passiva.

No entanto, a ascensão de ferramentas generativas tem gerado preocupações entre artistas e pesquisadores. Muitos argumentam que essas tecnologias podem levar a uma dependência excessiva, prejudicando o desenvolvimento de habilidades criativas. Jeba Rezwana, pesquisadora da Towson University, observa que a interação com a IA muitas vezes se limita a um único clique, sem espaço para um diálogo criativo contínuo. Essa crítica ressalta a necessidade de repensar como as ferramentas de IA são projetadas para apoiar a criatividade, em vez de substituí-la.

Apesar das preocupações, há um otimismo crescente sobre o potencial da IA em expandir as possibilidades criativas. Pesquisadores como Mike Cook defendem que a verdadeira promessa da IA reside em ajudar os artistas a aprimorar suas habilidades e explorar novas ideias. A busca por um equilíbrio entre controle e surpresa é fundamental, e a evolução das ferramentas de IA pode abrir novas portas para a expressão artística, permitindo que humanos e máquinas colaborem de maneira inovadora.

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