29 de abr 2025
Ferramentas de pesquisa profunda em IA apresentam limitações e desafios na academia
Pesquisas na internet evoluem com ferramentas como Gemini e ChatGPT, que agora oferecem funções de busca profunda e relatórios detalhados.
IA na academia: comparação entre sete ferramentas de pesquisa profunda baseadas em IA generativa realizada pelo autor mostraram inconsistências como falta de contextualização, uso inapropriado de fontes e poucas referências a fontes acadêmicas, mesmo quando isso era solicitado pelo prompt (Foto: tippapatt/Adobe Stock)
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Pesquisadores estão observando uma mudança significativa nas buscas na internet, que estão passando do modelo léxico, como o Google, para o modelo semântico, representado por ferramentas como ChatGPT e Gemini. Em dezembro de 2024, o Google lançou a função “Deep Research” no Gemini, que permite buscas autônomas e gera relatórios detalhados. Em fevereiro de 2025, a OpenAI lançou uma ferramenta similar para o ChatGPT, focando em pesquisas aprofundadas.
Essas novas funções visam melhorar a qualidade das informações obtidas, permitindo que usuários façam solicitações em linguagem natural e recebam respostas diretas. O teste de sete ferramentas de pesquisa profunda, incluindo ChatGPT, Gemini, Grok e Perplexity, revelou variações significativas na qualidade dos relatórios gerados. O ChatGPT, por exemplo, produziu um relatório de 7.885 palavras, mas não utilizou fontes acadêmicas. Já o Gemini, com 3.564 palavras, apresentou uma abordagem superficial.
Entre as ferramentas acadêmicas, Elicit e SciSpace se destacaram por utilizarem fontes acadêmicas, mas ainda enfrentam limitações, como o acesso restrito a bases de dados. O Undermind foi o único a apresentar artigos de alto impacto. Apesar das promessas, as ferramentas atuais enfrentam desafios como a opacidade e a possibilidade de "alucinações", onde a IA gera respostas imprecisas.
Esses sistemas podem ser úteis para exploração inicial de tópicos e formulação de hipóteses, mas devem ser vistos como complementos às técnicas tradicionais de revisão bibliográfica. A academia precisa discutir como integrar essas tecnologias de forma eficaz, mantendo princípios de confiabilidade e ética.
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