Google lança Flow, ferramenta de IA que transforma texto em vídeos hiper-realistas

O Google lançou o Flow, uma nova ferramenta de inteligência artificial que gera vídeos hiper-realistas a partir de descrições textuais. Apresentada no Google I/O em 20 de maio, a ferramenta utiliza os modelos Veo 3 e Imagen 4 e está disponível inicialmente nos Estados Unidos para assinantes dos planos AI Pro e AI Ultra.

O Flow permite que usuários criem clipes de até oito segundos a partir de descrições detalhadas, como "um senhor dirigindo um conversível pelo deserto". A ferramenta também possibilita a edição de múltiplas cenas em um aplicativo semelhante a softwares de edição de vídeo. O Google destaca que a proposta é facilitar a produção audiovisual, ajudando novos cineastas a contar suas histórias.

Além de gerar imagens, o Flow permite definir ângulo, enquadramento e estilo das filmagens. O modelo Veo 3 é capaz de compreender comandos complexos e manter a continuidade em sequências. O Google afirma que a ferramenta foi desenvolvida em colaboração com criadores de conteúdo e produtores de vídeo.

Recursos e Disponibilidade

Os assinantes do plano AI Pro, que custa R$ 97 mensais, têm direito a até cem produções por mês. Já o plano AI Ultra, com valor de R$ 1.210, oferece acesso completo ao Veo 3, que inclui a geração de sons ambiente e diálogos. O Flow também conta com uma plataforma chamada Flow TV, onde os usuários podem visualizar os comandos utilizados para gerar os vídeos.

Para garantir a segurança e mitigar riscos de uso indevido, como deepfakes, o Flow utiliza a tecnologia SynthID, que insere marcas d'água invisíveis nos conteúdos gerados. O Google também anunciou o SynthID Detector, que identifica partes do conteúdo que podem ter sido marcadas.

O Flow está disponível apenas nos Estados Unidos por enquanto, e não há previsão de lançamento no Brasil. O avanço da IA na produção de vídeos levanta preocupações sobre o impacto no mercado de trabalho, com estimativas indicando que mais de 100 mil empregos na indústria audiovisual podem ser afetados até 2026.