Empresas chinesas de tecnologia investem em chips locais para impulsionar IA

As empresas de tecnologia da China, como Alibaba, Tencent e Baidu, estão avançando na produção de inteligência artificial (IA) com chips desenvolvidos internamente. Essa transição ocorre devido à escassez de chips da Nvidia e às restrições de exportação dos Estados Unidos. As empresas chinesas têm estoque suficiente até o início de 2024, mas buscam alternativas para atender à crescente demanda por IA.

A DeepSeek, startup chinesa, lançou uma atualização do seu modelo R1, que agora apresenta desempenho superior em cálculos e programação. A nova versão, chamada DeepSeek-R1-0528, foi disponibilizada na plataforma Hugging Face e promete competir com modelos de gigantes como OpenAI e Google. A empresa destacou que o desempenho do R1 se aproxima de modelos líderes do mercado, desafiando a narrativa sobre a capacidade da China em IA.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, reconheceu a evolução das tecnologias chinesas, afirmando que as restrições dos EUA não impediram o avanço da IA na China. Ele ressaltou que a suposição de que a China não poderia produzir chips de IA é equivocada. A Nvidia, que reportou receita de US$ 44,06 bilhões no primeiro trimestre, espera perdas de até US$ 8 bilhões devido às restrições de exportação.

A atualização do modelo R1 da DeepSeek, que surpreendeu o setor ao ser desenvolvido a um custo reduzido, reforça a capacidade da China de competir no cenário global de tecnologia. O fundador da DeepSeek, Liang Wenfeng, se tornou uma figura proeminente, sendo convidado para reuniões com líderes empresariais influentes, como Jack Ma e Pony Ma. A evolução da IA na China continua a desafiar as expectativas do mercado global.