Tecnologia

China avança rapidamente em biotecnologia e ameaça liderança dos EUA no setor

China avança rapidamente em biotecnologia, ameaçando a liderança dos EUA, que enfrenta desafios internos e precisa agir urgentemente.

Dois estudantes de pós-graduação pesquisam produtos químicos em um laboratório na cidade de Zaozhuang, província de Shandong, China, em 26 de dezembro de 2023. (Foto: Nurphoto)

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BEIJING — Estudos recentes indicam que a China pode rapidamente superar os Estados Unidos em biotecnologia, especialmente em desenvolvimento de medicamentos e agricultura. O Harvard Belfer Center for Science and International Affairs revelou que, entre cinco setores tecnológicos críticos, a biotecnologia é a área onde a China tem a maior chance de ultrapassar os EUA.

O relatório destaca que, embora os EUA ainda liderem em todos os cinco setores, a diferença estreita na biotecnologia sugere que futuros avanços podem alterar rapidamente o equilíbrio de poder global. A Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente alertou que se a China alcançar um avanço significativo, os EUA podem nunca se recuperar. A comissão recomenda um investimento de pelo menos R$ 15 bilhões nos próximos cinco anos para fortalecer o setor biotecnológico americano.

Investimentos e Desafios

A indústria biotecnológica da China tem atraído bilhões de dólares de empresas farmacêuticas dos EUA e da Europa, que buscam medicamentos desenvolvidos na China. Recentemente, a AstraZeneca anunciou um investimento de R$ 2,5 bilhões em um centro de pesquisa em Pequim. A autora do relatório, Cynthia Y. Tong, afirmou que a China se beneficia de um ambiente regulatório mais flexível e de um processo de aprovação mais ágil.

Enquanto isso, os EUA enfrentam desafios, como demissões e laboratórios vazios em centros biotecnológicos como Cambridge e Boston. A falta de uma estratégia coesa do governo dos EUA contrasta com os planos de longo prazo da China, que incentivam o desenvolvimento de tecnologias-chave desde 2007.

Preocupações Futuras

A crescente dominância da China em biotecnologia levanta preocupações sobre como isso pode se tornar uma forma de alavancagem para Pequim sobre os EUA e outros países. Eric Rosenbach, do Harvard Belfer Center, acredita que a cooperação entre os dois países em biotecnologia e inteligência artificial é improvável.

Enquanto isso, startups como a Insilico Medicine, que utiliza inteligência artificial para reduzir custos de descoberta de medicamentos, operam globalmente, com equipes na China, América do Norte e Oriente Médio. O fundador da empresa, Alex Zhavoronkov, destacou que a pesquisa clínica é realizada na China, refletindo a natureza global do desenvolvimento biotecnológico.

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