Daniel Stilck França impulsiona a computação quântica com novos algoritmos e pesquisas

O professor da Universidade de Copenhague, Daniel Stilck França, recebeu uma bolsa de € 1,5 milhão do European Research Council para desenvolver algoritmos quânticos que minimizem erros. O foco é viabilizar aplicações práticas em criptografia e simulações químicas.

A computação quântica, que utiliza qubits em vez de bits, promete aumentar exponencialmente a velocidade de processamento de informações. Essa tecnologia pode transformar setores como inteligência artificial, saúde e finanças. Daniel França, de 33 anos, é um dos principais pesquisadores na área, buscando levar a computação quântica da teoria à prática.

Atualmente, uma em cada mil operações em computadores quânticos resulta em erro, devido à natureza incerta dos fenômenos quânticos. Daniel explica que seu trabalho envolve identificar e classificar esses erros, além de desenvolver algoritmos mais robustos. Ele compara o processo atual a uma "fileira de dominós", onde um erro pode derrubar todo o sistema.

Avanços e Desafios

O projeto GIFNEQ, que Daniel lidera, visa combinar técnicas de identificação de ruído com novos algoritmos. A criptografia é uma das áreas mais afetadas pela computação quântica. O algoritmo de Shor, por exemplo, pode quebrar sistemas de segurança atuais em poucas horas, colocando em risco a segurança digital global.

Além da criptografia, Daniel destaca a importância da computação quântica em simulações de sistemas físicos, como a fixação de nitrogênio, essencial para a produção de fertilizantes. Ele acredita que a simulação de sistemas físicos será uma das primeiras aplicações práticas da tecnologia.

Fernando Brandão, professor da Caltech e mentor de Daniel, acredita que o pesquisador tem um futuro promissor. "Ele pode descobrir o novo algoritmo quântico que será amplamente utilizado", afirma Brandão, ressaltando a relevância do trabalho de Daniel na evolução da computação quântica.