Tecnologia

Inteligência artificial aponta que Tom Jobim e Getúlio Vargas usaram tecnologia para textos

Detectores de IA falham em distinguir textos clássicos de produções humanas, levantando questões sobre sua eficácia e a propriedade intelectual.

Softwares variaram de 0% de probabilidade do uso de IA em um trabalho acadêmico da década passada para até 94% de chances (Foto: Reprodução)

Softwares variaram de 0% de probabilidade do uso de IA em um trabalho acadêmico da década passada para até 94% de chances (Foto: Reprodução)

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O uso de Inteligência Artificial (IA) na criação de textos, imagens e vídeos tem se intensificado, resultando no desenvolvimento de detectores que buscam diferenciar conteúdos humanos de aqueles gerados por máquinas. Recentemente, testes com essas ferramentas revelaram inconsistências, levando a resultados surpreendentes.

Entre os textos analisados estavam obras clássicas da literatura brasileira, como a carta testamento de Getúlio Vargas e a famosa canção Garota de Ipanema, de Tom Jobim. Os detectores de IA indicaram que esses conteúdos poderiam ter sido gerados por máquinas, com taxas de probabilidade que variaram de 0% a 94%. Essa discrepância levanta questões sobre a eficácia dessas ferramentas.

Desafios dos Detectores de IA

Os testes realizados pelo InfoMoney utilizaram uma monografia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que obteve nota máxima e não está disponível online. Os resultados dos detectores foram variados, com alguns apontando alta probabilidade de uso de IA, mesmo para textos reconhecidamente humanos. Diogo França, diretor de Growth da XP Educação, explica que esses detectores analisam padrões de linguagem, mas não compreendem o conteúdo como um leitor humano.

A OpenAI, criadora do ChatGPT, também enfrentou dificuldades com seu sistema de detecção, o AI Classifier, que foi descontinuado devido à falta de resultados confiáveis. França destaca que a distinção entre textos humanos e gerados por IA está se tornando cada vez mais nebulosa, à medida que os modelos de IA evoluem.

A Questão da Propriedade Intelectual

Uma solução em desenvolvimento é a técnica de Watermarking, que adiciona uma marca invisível a textos gerados por IA. No entanto, essa abordagem ainda é frágil e não se firmou como padrão no mercado. O desafio de garantir a autenticidade de conteúdos gerados por IA é global, afetando instituições acadêmicas em diversos países.

Nos Estados Unidos, universidades como Harvard e Yale estão reformulando métodos de ensino e avaliação para lidar com o uso de IA. A cautela em relação à eficácia dos detectores levou a um foco maior na adaptação dos métodos de ensino, em vez de depender exclusivamente dessas ferramentas.

França sugere que, em vez de proibir o uso de IA, as instituições devem repensar suas formas de avaliação. O objetivo é garantir que os alunos desenvolvam habilidades críticas, evitando a terceirização total de suas produções para máquinas.

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