Tecnologia

Mineração urbana transforma lixo eletrônico em ouro e metais preciosos

A reciclagem de lixo eletrônico no Brasil avança com iniciativas da USP e Green Eletron, mas desafios persistem. Conheça as inovações em logística reversa.

Linha da Green Eletron, que tem taxa de reaproveitamento de 90% (Foto: Divulgação)

Linha da Green Eletron, que tem taxa de reaproveitamento de 90% (Foto: Divulgação)

Ouvir a notícia

Mineração urbana transforma lixo eletrônico em ouro e metais preciosos - Mineração urbana transforma lixo eletrônico em ouro e metais preciosos

0:000:00

O acúmulo de lixo eletrônico é um desafio crescente, especialmente no Brasil, onde apenas 3% dos 2,4 milhões de toneladas geradas anualmente são recicladas. A maior parte desse resíduo é descartada de forma inadequada, causando sérios danos ambientais. A USP e a Green Eletron estão entre as iniciativas que buscam reverter esse cenário, promovendo a reciclagem e o recondicionamento de eletrônicos.

A USP, por meio do Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), recondiciona computadores para instituições sociais e capacita cooperativas, gerando renda local. Tereza Carvalho, coordenadora do Cedir, destaca que o mercado informal e a falta de fiscalização contribuem para o descarte incorreto. “Atravessadores vendem partes valiosas e descartam o restante no lixo, contaminando solo e água com metais pesados”, afirma.

A Green Eletron, desde 2016, já recolheu 20 mil toneladas de lixo eletrônico em 1.300 cidades, com uma taxa de aproveitamento de 90%. Ademir Brescansin, gerente da empresa, ressalta que a falta de informação é um dos principais obstáculos para o descarte correto. “Campanhas no varejo são essenciais”, conclui. Apesar de iniciativas como a da Ambipar, que opera a maior planta da América Latina para resíduos eletrônicos, o processamento ainda é baixo. A usina, com capacidade para 80 mil toneladas anuais, processa apenas 10 mil toneladas.

Inovações Tecnológicas

A Abree, que reúne mais de 50 empresas, investe em tecnologias como inteligência artificial e blockchain para melhorar a logística reversa. Robson Esteves, presidente da Abree, afirma que essas inovações já estão sendo aplicadas no Brasil, embora ainda em estágio inicial. Um exemplo é a Samsung Brasil, que aumentou em 58% a coleta de eletrônicos em 2024, evitando emissões de CO2 equivalentes a 178 mil tanques de combustível.

A ReUrbi, especializada em recondicionamento, transforma 20% do lixo eletrônico em equipamentos remanufaturados, vendidos em sua loja de economia circular. Ronaldo Stabile, diretor executivo, destaca que a empresa destina até 15% da receita a projetos de inclusão digital. A reutilização e reciclagem são fundamentais para aumentar a circularidade e reduzir a dependência de matéria-prima virgem, conforme enfatiza Esteves.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela