22 de jun 2025

Gravei um dia da minha vida com inteligência artificial e descobri o futuro
OpenAI investe US$ 6,5 bilhões na empresa de Jony Ive para desenvolver dispositivo que grava interações, gerando preocupações sobre privacidade.

Funcionária apresenta vídeo sobre inteligência artificial em feira de tecnologia em Guizhou, na China (Foto: Ou Dongqu - 26.mai.2022/Xinhua)
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A OpenAI anunciou a aquisição da empresa de Jony Ive por US$ 6,5 bilhões (R$ 35,7 bilhões) para desenvolver um novo dispositivo sem tela que promete gravar interações humanas. Essa tecnologia, que já está em uso com o aparelho Plaud, levanta preocupações sobre privacidade e vigilância.
O Plaud é um dispositivo que grava e transcreve conversas automaticamente, utilizando inteligência artificial. Ele vem em dois formatos: um cartão do tamanho de um celular e um broche. Com uma bateria que dura 26 horas, o aparelho pode registrar conversas diárias, criando um arquivo da vida do usuário, incluindo diálogos pessoais e profissionais.
Implicações da Tecnologia
A proposta da OpenAI é que o novo dispositivo organize a vida do usuário, agendando compromissos e realizando tarefas cotidianas. No entanto, isso gera questões sérias sobre a privacidade. A possibilidade de que todas as interações sejam gravadas e analisadas pode comprometer a espontaneidade e a liberdade de expressão.
Além disso, a gravação de conteúdos protegidos por direitos autorais, como músicas e filmes, pode trazer complicações legais. No Brasil, a gravação de conversas sem consentimento é permitida, o que pode intensificar a vigilância e o controle social.
O Futuro da Privacidade
As consequências dessa tecnologia são profundas. A vigilância constante pode transformar a maneira como as pessoas se comunicam e interagem. Governos poderão acessar essas gravações para diversos fins, como a análise de conversas antes da concessão de vistos.
A introdução de dispositivos que gravam a vida cotidiana pode levar a um novo normal, onde a privacidade e a autonomia se tornam conceitos cada vez mais distantes. A sociedade enfrenta um dilema: como equilibrar os benefícios da tecnologia com a proteção dos direitos individuais?
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