Tecnologia

Startup polêmica ensina a usar inteligência artificial para 'trapacear' em diversas áreas

Cluely recebe US$ 15 milhões em investimentos, mas enfrenta críticas por sua cultura de trabalho intensa e uso controverso de inteligência artificial.

Cluely: time de marketing da startup controversa que promete revolucionar o uso de IA. (Foto: Cluely/YouTube)

Cluely: time de marketing da startup controversa que promete revolucionar o uso de IA. (Foto: Cluely/YouTube)

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Uma startup controversa, a Cluely, está no centro de um intenso debate sobre ética e privacidade no uso de inteligência artificial. Fundada em 2025, a empresa promete auxiliar usuários a "trapacear" em entrevistas de emprego e outras situações cotidianas. O manifesto da Cluely destaca: "Nós queremos trapacear em tudo", propondo uma ferramenta que lê e ouve em tempo real, oferecendo respostas instantâneas para facilitar a vida dos usuários.

Recentemente, a Cluely anunciou uma rodada de investimentos de US$ 15 milhões, liderada pela Andreessen Horowitz. Os investidores elogiaram a estratégia da empresa, que gerou notável reconhecimento de marca e uma receita significativa com assinaturas. No entanto, a trajetória do co-fundador Roy Lee não foi isenta de polêmicas; ele foi expulso da Universidade de Columbia após desenvolver uma ferramenta que ajudava candidatos a colar em entrevistas.

Cultura de Trabalho Intensa

A Cluely implementou uma política de contratação restrita, buscando apenas engenheiros renomados e influenciadores com mais de 100 mil seguidores. Lee, em entrevista ao Business Insider, afirmou que não há necessidade de uma equipe de marketing tradicional, enfatizando que a empresa precisa de pessoas que possam viralizar o produto. A cultura organizacional é marcada por uma intensa dedicação ao trabalho, onde os funcionários são incentivados a viver para a empresa. Lee descreve essa rotina como ideal, afirmando que o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho é um "mito".

Críticas e Reflexões

Especialistas criticam a abordagem da Cluely. Alison Taylor, professora da Universidade de Nova York, descreve a proposta da startup como um "grotesco descompasso moral". Em suas palavras, a empresa promove uma cultura que incentiva o desligamento do pensamento crítico, enquanto a pesquisa do MIT sugere que o uso excessivo de IA pode prejudicar a capacidade cognitiva. Apesar das controvérsias, Lee afirma que a Cluely está apenas começando, indicando que a discussão sobre o impacto da IA na sociedade está longe de ser resolvida.

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