25 de jun 2025

Estudo revela impacto do uso do ChatGPT na atividade cerebral humana
Estudo revela que uso de ChatGPT reduz engajamento cerebral em estudantes, impactando a capacidade de aprendizado e retenção de informações.

A eletroencefalografia pode ser usada para estudar a atividade cerebral enquanto as pessoas realizam tarefas com e sem a ajuda de chatbots como o ChatGPT. (Foto: Leah Nash/Washington Post/Getty)
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Uma pesquisa recente revelou que o uso de ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, pode afetar o engajamento cerebral de estudantes durante a escrita de ensaios. O estudo, conduzido por Nataliya Kosmyna, do MIT Media Lab, envolveu 60 alunos de cinco universidades em Boston. Os participantes foram divididos em três grupos: um utilizou o ChatGPT, outro buscou informações no Google e o terceiro não teve acesso à internet.
Os resultados mostraram que os estudantes que usaram o ChatGPT apresentaram menor conectividade cerebral em comparação aos que não utilizaram ferramentas online. A pesquisa mediu a atividade cerebral por meio de eletroencefalografia (EEG) enquanto os alunos escreviam ensaios sobre questões típicas do SAT. Os que escreveram sem auxílio tecnológico demonstraram maior atividade em áreas relacionadas à tomada de decisão e memória.
Impactos do Uso de IA
Os dados indicam que a dependência de chatbots pode levar a níveis reduzidos de engajamento cerebral, mesmo quando esses recursos são retirados. Kosmyna alertou que os resultados não devem ser superinterpretados, enfatizando que o estudo não conclui sobre a "preguiça cognitiva" ou a "inteligência" dos participantes. A pesquisa foi publicada no arXiv em 10 de junho e ainda não passou por revisão por pares.
Os alunos que escreveram sem auxílio mostraram maior capacidade de recordar informações de seus próprios textos, enquanto o grupo que usou o Google teve mais atividade em áreas visuais e de memória. O estudo sugere que o uso de IA pode influenciar a forma como os estudantes processam informações e realizam tarefas cognitivas.
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