30 de jun 2025

Tencent e Alibaba investirão US$ 50 bilhões em infraestrutura de IA até 2027
Gigantes de tecnologia da China, como Tencent e Alibaba, reagem a mudanças regulatórias e intensificam aquisições e investimentos em IA.

Juntamente com outras empresas, Tencent lidera esforços para migrar desenvolvido de IA para chips produzidos internamente (Foto: AFP)
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Após um período de repressão regulatória, as gigantes de tecnologia da China, como Tencent e Alibaba, estão retomando suas atividades de aquisições e investimentos. A mudança de postura do governo, que antes limitava o poder dessas empresas, surge em um contexto de recuperação econômica e tensões geopolíticas.
Recentemente, a Tencent anunciou a compra da startup de podcasts Ximalaya por US$ 1,3 bilhão, avançando em sua estratégia de se tornar o Spotify da China. Além disso, a empresa já havia adquirido 10% da sul-coreana SM Entertainment e está em negociações para adquirir a gigante de jogos Nexon. Essas movimentações refletem uma nova fase de normalização da regulamentação, segundo Allan Chu, co-diretor de investimento em tecnologia do UBS na Ásia-Pacífico.
Investimentos em IA
A Alibaba, por sua vez, planeja investir 380 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 53 bilhões) em infraestrutura de inteligência artificial nos próximos três anos. A empresa também formou uma joint venture de US$ 4 bilhões com a plataforma de e-commerce E-Mart, da Coreia do Sul. Essas iniciativas visam fortalecer a posição da China em tecnologia e IA, áreas consideradas estratégicas para o país.
Apesar do apoio renovado do governo, Ellis Chu, chefe de fusões e aquisições da Jefferies Financial Group, observa que as empresas chinesas estão optando por participar de consórcios em vez de serem os principais compradores. Essa estratégia visa minimizar reações negativas do Ocidente, como as enfrentadas por outras plataformas de tecnologia chinesas.
Desinvestimentos e Joint Ventures
Além das aquisições, as empresas também estão realizando desinvestimentos. A Alibaba, por exemplo, vendeu participações na Sun Art Retail Group e na Intime Retail Group. Essas movimentações indicam uma adaptação ao novo cenário regulatório e econômico, enquanto as empresas buscam consolidar suas operações e expandir suas capacidades tecnológicas.
Com a recuperação econômica da China em foco, as gigantes de tecnologia estão se reposicionando para liderar o mercado global, especialmente em setores inovadores como a inteligência artificial e a robótica.
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