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09 de jul 2025

Máquina cirúrgica demonstra potencial para substituir cirurgiões humanos no futuro

Robô cirúrgico autônomo atinge precisão total em simulações, mas desafios na cirurgia real ainda limitam sua adoção.

O novo sistema, que combina inteligência artificial generativa e aprendizado de máquina, apresentou 100% de precisão em algumas das tarefas cirúrgicas necessárias para remover vesículas biliares de porcos. (Foto: Juo-Tung Chen/Johns Hopkins University)

O novo sistema, que combina inteligência artificial generativa e aprendizado de máquina, apresentou 100% de precisão em algumas das tarefas cirúrgicas necessárias para remover vesículas biliares de porcos. (Foto: Juo-Tung Chen/Johns Hopkins University)

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Pesquisadores da Johns Hopkins e Stanford desenvolveram um robô cirúrgico autônomo que realiza procedimentos com 100% de precisão em simulações. O estudo, publicado na revista Science Robotics, mostra que o robô aprende por meio de vídeos e comandos em linguagem natural, semelhante ao aprendizado de um residente médico.

Esse avanço é um marco em relação aos sistemas robóticos existentes, como o Da Vinci, que ainda dependem de cirurgiões humanos. A equipe, liderada por Axel Krieger, treinou o robô em três tarefas cirúrgicas básicas: manuseio de agulhas, levantamento de tecidos e suturas. O treinamento utilizou um sistema de aprendizado de máquina que traduz movimentos em dados matemáticos.

Durante os testes, dois cirurgiões experientes demonstraram a remoção de vesículas biliares em tecidos de porcos, coletando 17 horas de dados e 16 mil trajetórias. O robô, então, conseguiu realizar algumas das 17 etapas necessárias para a remoção da vesícula em novos tecidos, demonstrando a capacidade de corrigir erros e se adaptar a situações imprevistas.

Desafios e Perspectivas

Apesar do sucesso, especialistas alertam que a cirurgia robótica em tecidos moles apresenta desafios significativos. José Granell, chefe do Departamento de Otorrinolaringologia do HLA Moncloa, destaca a variabilidade biológica, que torna a cirurgia em tecidos moles mais complexa do que em estruturas ósseas. Ele acredita que a pesquisa da Johns Hopkins se aproxima de uma cirurgia real, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Krieger afirma que essa inovação representa um passo em direção a sistemas cirúrgicos autônomos clinicamente viáveis, capazes de lidar com a complexidade do atendimento a pacientes. No entanto, a adoção de robôs cirúrgicos será lenta, devido à necessidade de garantir a segurança do paciente e à resistência à mudança na prática médica.

Além disso, o custo elevado da tecnologia pode limitar seu acesso. Mario Fernández, chefe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Gregorio Marañón, ressalta que, embora o progresso seja interessante, a substituição de cirurgiões humanos por máquinas ainda está distante. Ele enfatiza a importância de avaliar os benefícios reais da tecnologia para os pacientes.

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