Amazon falha em desbancar Steam e ex-executivo revela os motivos da derrota

A indústria de jogos para PC enfrenta uma contradição intrigante: apesar de ser um ambiente aberto, é dominada por uma única plataforma, o Steam, da Valve. Desde seu lançamento há duas décadas, a loja não encontrou concorrentes à altura, mesmo com tentativas de grandes empresas como a Amazon. Ethan Evans, ex-vice-presidente da Prime Gaming, compartilhou em uma postagem no LinkedIn que a Amazon falhou em várias tentativas de desbancar o Steam, mesmo sendo "250 vezes maior".

Evans destacou três iniciativas da Amazon: a aquisição da Reflexive Entertainment, o desenvolvimento de uma loja própria e o lançamento do serviço de streaming Luna. No entanto, nenhuma dessas estratégias teve impacto significativo. Ele observou que outras empresas, como EA, Ubisoft e Bethesda, também falharam ao tentar criar lojas próprias, muitas vezes frustrando os usuários com lançadores proprietários. O Epic Games Store, que surgiu em 2017, ainda é visto como um lançador de Fortnite, apesar de oferecer jogos gratuitos.

O ex-executivo apontou que a Amazon subestimou o que realmente atraía os consumidores para o Steam, que combina funcionalidades de loja, rede social e biblioteca. Ele reconheceu que a empresa não validou suas suposições antes de investir pesadamente. "Só porque você é grande o suficiente para construir algo, não significa que as pessoas o usarão", afirmou. Apesar das críticas ao Steam, como a falta de moderação e ferramentas de descoberta, a plataforma continua a funcionar bem e a manter os usuários engajados.

A dominância do Steam levanta preocupações sobre o controle de uma única empresa em um setor em crescimento. No entanto, a competição que exigiria múltiplas janelas para acessar jogos foi amplamente rejeitada pelos consumidores. A ideia de um futuro sem DRM, como o promovido pela GOG, é considerada improvável, mas talvez seja uma alternativa mais viável do que tentar desbancar o Steam.