Tecnologia

Novo dispositivo transforma a realidade virtual ao permitir sentir sabores de alimentos

A interface "e Taste" simula sabores em realidade virtual com precisão de 70%. Desenvolvedores da Universidade Estadual de Ohio utilizam sensores químicos sem fio. Tecnologia promove inclusão para pessoas com deficiências gustativas, como Covid longa. Sistema permite degustação remota de alimentos, conectando usuários a longas distâncias. Pesquisas futuras visam aprimorar a tecnologia e expandir experiências sensoriais.

O paladar é produto de dois sistemas que trabalham em conjunto para garantir que o que você come é seguro e nutritivo: o paladar e os sentidos olfativos. (Foto: Freepik)

O paladar é produto de dois sistemas que trabalham em conjunto para garantir que o que você come é seguro e nutritivo: o paladar e os sentidos olfativos. (Foto: Freepik)

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Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio desenvolveram uma nova tecnologia chamada “e-Taste”, que promete revolucionar a experiência de realidade virtual ao permitir que os usuários sintam sabores como bolo, sopa e café. Publicado na revista Science Advances, o estudo revela que a interface utiliza sensores e dispensadores de produtos químicos sem fio para simular a percepção gustativa, um processo denominado degustação. Esses sensores identificam moléculas como glicose e glutamato, que correspondem aos cinco sabores básicos: doce, azedo, salgado, amargo e umami.

O sistema é composto por uma interface bucal e uma bomba eletromagnética que transporta soluções químicas através de um gel especial. A intensidade do sabor pode ser ajustada com base no tempo de interação da solução com o gel. Jinhua Li, coautora do estudo, destaca que a tecnologia permite liberar múltiplos sabores simultaneamente, criando experiências gustativas complexas. O paladar, que é subjetivo e influenciado por fatores emocionais e de memória, é um desafio a ser superado na replicação de sensações gustativas.

Testes com humanos mostraram que os participantes conseguiam distinguir diferentes intensidades de acidez com uma precisão de cerca de 70%. Além disso, a tecnologia demonstrou a capacidade de iniciar experiências de degustação remota, permitindo que um usuário em Ohio interaja com sabores de locais distantes, como a Califórnia. Os resultados abrem novas possibilidades para experiências de realidade virtual, oferecendo uma compreensão mais profunda de como o cérebro processa sinais sensoriais.

Os pesquisadores planejam aprimorar a tecnologia, buscando torná-la mais compacta e compatível com diversos compostos químicos. Além de enriquecer experiências de jogos, a tecnologia pode promover acessibilidade em ambientes virtuais, beneficiando pessoas com deficiências, como aquelas que sofreram lesões cerebrais ou enfrentam a perda gustativa devido à Covid longa. “Isso ajudará as pessoas a se conectarem em espaços virtuais de maneiras nunca antes vistas,” conclui Li, enfatizando o potencial do e-Taste no metaverso.

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