Tecnologia

Gene de-extinção: a busca por ressuscitar espécies extintas ganha novos avanços

A Colossal Biosciences criou "ratos peludos" para explorar a desextinção do mamute. O projeto utiliza apenas uma letra de DNA mamute, visando modificar elefantes. Avanços na sequenciação de DNA antigo aumentam o interesse na desextinção. A técnica proposta, chamada "cronogenia", busca inserir DNA extinto em organismos vivos. Críticas surgem sobre a viabilidade de recriar mamutes com as alterações genéticas planejadas.

DeLorean de De Volta para o Futuro em uma estrada de DNA (Foto: Stephanie Arnett/MIT Technology Review | Adobe Stock)

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Pesquisadores da Colossal Biosciences anunciaram a criação de “mice peludos”, um experimento que visa explorar a possibilidade de ressuscitar o mamute lanoso. Essa iniciativa surge em um contexto de avanços na sequência de DNA antigo, permitindo a recuperação de informações genéticas de espécies extintas, como o dodô e mamutes, que desapareceram há cerca de 4 mil anos. O objetivo final é modificar elefantes com DNA de mamute, criando um animal que se assemelhe ao extinto.

Os mice peludos apresentam características como pelagem fofa e bigodes encaracolados, embora apenas uma letra do DNA mamute tenha sido incorporada. Essa abordagem, chamada de “cronogenia”, busca não apenas ler, mas também aplicar o DNA antigo em organismos vivos. O conceito começou a ser explorado em 2004, quando cientistas reconstituíram o vírus da gripe de 1918, levantando preocupações sobre os riscos de liberar patógenos antigos.

Em 2008, pesquisadores australianos realizaram um experimento com o DNA do tigre da Tasmânia, demonstrando que fragmentos de genes extintos poderiam regular a atividade genética em camundongos. Em 2016, a Gingko Bioworks isolou genes de flores extintas, mas utilizou-os apenas como inspiração para perfumes, não como ingredientes diretos. Críticos apontam que a tentativa de criar elefantes mamutes pode resultar em uma “aproximação grosseira” do animal original, devido à complexidade das alterações genéticas necessárias.

Recentemente, um grupo japonês adicionou uma mutação de Neandertal a camundongos, enquanto outra pesquisa na Dinamarca utilizou DNA de 2 milhões de anos para modificar plantas de cevada. Esses esforços refletem a crescente ambição da ciência em manipular genes de espécies extintas, embora a ética e a viabilidade dessas iniciativas continuem a ser debatidas.

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