16 de mai 2025
Spotify manipula algoritmos e listas para maximizar lucros em detrimento de artistas reais
Livros recentes expõem como Spotify prioriza lucro em detrimento de artistas independentes, revelando práticas comerciais controversas.
Daniel Ek, fundador e CEO da Spotify, em uma imagem de arquivo. (Foto: Reprodução)
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Spotify enfrenta críticas crescentes sobre suas práticas comerciais e algoritmos, que impactam a visibilidade de artistas, especialmente os independentes. Dois livros recentes, Aún no has escuchado tu canción favorita, de Glenn McDonald, e La máquina de estados de ánimo, de Liz Pelly, revelam detalhes sobre o funcionamento interno da plataforma.
Os autores abordam como o Spotify utiliza listas de reprodução com músicas de empresas anônimas, prejudicando artistas emergentes. McDonald, ex-alquimista de dados da empresa, argumenta que a plataforma, ao oferecer streaming, transformou a forma como as pessoas consomem música, mas também prioriza o lucro em detrimento da diversidade musical. Ele destaca que, em 2022, 95% dos pagamentos foram feitos a apenas 200 mil artistas, enquanto o restante dos 10 milhões de artistas na plataforma lutam por visibilidade.
Pelly, por sua vez, critica o uso de "conteúdo feito sob medida" (PFC), que favorece músicas de baixo custo, prejudicando artistas reais. Ela revela que, em 2023, mais de 100 listas oficiais eram compostas quase exclusivamente por esse tipo de conteúdo. Essa prática, segundo Pelly, transforma listas de reprodução em "granjas de conteúdo barato", afetando a qualidade da música disponível.
Ambos os autores concordam que os ouvintes devem ser críticos em relação às listas do Spotify. McDonald sugere que os usuários evitem se deixar levar pela facilidade das playlists e busquem apoiar músicos independentes. Ele ressalta que a música deve ser uma experiência autêntica, não apenas um fundo sonoro.
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