Frei Betto analisa Jesus como 'rebelde, militante e amoroso' em nova tetralogia

Frei Betto lança último livro sobre Jesus e completa tetralogia

O teólogo e escritor Frei Betto lançará ainda este ano o livro “Jesus Amoroso”, último volume de uma tetralogia sobre a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo. A obra, publicada pela Editora Vozes, analisa os quatro Evangelhos e suas facetas revolucionárias, abordando temas sociais e políticos.

A tetralogia iniciou com “Jesus Militante”, que examina o “projeto político do Reino de Deus” a partir do Evangelho de Marcos. Em seguida, “Jesus Rebelde” explorou a ruptura com o judaísmo através do Evangelho de Mateus. O terceiro livro, “Jesus Revolucionário”, destacou a pregação da igualdade em meio às desigualdades sociais, utilizando o Evangelho de Lucas como base.

Análise contextualizada e reflexões sobre o legado de Cristo

Em cada livro, Frei Betto realiza uma leitura comentada dos textos do Novo Testamento, contextualizando as vivências e lições de Cristo e estabelecendo conexões com o presente. A obra tem sido marcada pela adesão do teólogo ao pensamento de esquerda e a figuras como Paulo Freire.

Paz como fruto da justiça é mensagem urgente de Jesus

Diante de conflitos globais e desafios contemporâneos, Frei Betto ressalta que a mensagem mais urgente de Jesus seria a paz como fruto da justiça. Ele critica a crença de que a paz se alcança pelo equilíbrio de forças, exemplificado pelo investimento em armamentos.

Parábola do Bom Samaritano como exemplo de solidariedade

O teólogo destaca a Parábola do Bom Samaritano, presente no Evangelho de Lucas, como um exemplo do poder revolucionário de Jesus. A parábola critica a visão oportunista e enfatiza a importância da solidariedade, ressaltando que o próximo é aquele por quem estamos dispostos a mudar o nosso caminho.

Jesus como precursor do feminismo e do respeito à diversidade

Frei Betto defende que Jesus foi um precursor do feminismo, valorizando as mulheres e ressaltando a importância de Maria no cântico Magnificat. Ele também aponta que nenhum Evangelho registra qualquer preconceito de Jesus em relação a pessoas LGBT+, demonstrando respeito à diversidade.