04 de mai 2025
Michelangelo enfrenta desafios e dores ao pintar a Capela Sistina entre 1508 e 1512
Desafios físicos e emocionais marcaram a pintura da Capela Sistina por Michelangelo, que enfrentou pressão e controvérsias sobre nudez.
Capela Sistina, no Vaticano, recebeu afrescos do pintor italiano Michelangelo (Foto: Andreas SOLARO/AFP)
Ouvir a notícia:
Michelangelo enfrenta desafios e dores ao pintar a Capela Sistina entre 1508 e 1512
Ouvir a notícia
Michelangelo enfrenta desafios e dores ao pintar a Capela Sistina entre 1508 e 1512 - Michelangelo enfrenta desafios e dores ao pintar a Capela Sistina entre 1508 e 1512
Michelangelo enfrentou desafios físicos e emocionais ao pintar a Capela Sistina entre 1508 e 1512, a pedido do Papa Júlio II. O artista, que se considerava escultor, relutou em aceitar o projeto devido à sua inexperiência com afrescos e à complexidade da obra.
Durante a execução, Michelangelo sofreu com dores intensas e a pressão do papa para a conclusão rápida. O teto da capela, com quarenta metros de comprimento e treze de largura, exigiu que ele utilizasse andaimes, já que não pintou deitado, como muitos acreditam. A posição forçada prejudicou sua visão e causou problemas na coluna.
O trabalho foi marcado por dificuldades, incluindo mofo que surgiu quando um terço da capela estava pronto. Michelangelo ficou "desesperado" e tentou interromper o projeto, mas o papa não aceitou. A pressão aumentou, e Júlio II chegou a ameaçar o artista, afirmando que o jogaria do andaime se não terminasse rapidamente.
Dores e Criações
Enquanto pintava, Michelangelo expressou suas angústias em um soneto para o amigo Giovanni da Pistoia. No poema, ele descreve as dores físicas e emocionais que enfrentava, afirmando que não se sentia um pintor. O artista inicialmente deveria pintar apenas os doze apóstolos, mas acabou criando mais de trezentas figuras, incluindo a famosa "Criação de Adão".
Após a conclusão da Capela Sistina, Michelangelo foi novamente convocado pelo Papa Clemente VII para pintar o "Juízo Final", em 1541. A representação de figuras nuas gerou controvérsias, levando à adição de "calças de pudor" por Daniele da Volterra após sua morte. Atualmente, as roupas foram removidas em restaurações, permitindo que o afresco original seja admirado.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.