Cultura

Conceição Evaristo homenageia mãe e reflete sobre sua trajetória literária

Conceição Evaristo homenageia sua mãe em novo romance e discute memória e resistência na Bienal do Livro do Rio.

A escritora Conceição Evaristo: 'Não quero deixar obra póstuma'. (Foto: Karla Brights)

A escritora Conceição Evaristo: 'Não quero deixar obra póstuma'. (Foto: Karla Brights)

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Conceição Evaristo, escritora brasileira de destaque na literatura afro-brasileira, está desenvolvendo um novo romance em homenagem à sua mãe, Joana Josefina, falecida em 2021. A obra entrelaça memórias pessoais com o diário da mãe, que se inspirou em "Quarto de despejo", de Carolina Maria de Jesus, para começar a escrever.

Nascida em 1946 na Favela Pindura Saia, em Belo Horizonte, Evaristo começou sua trajetória literária nos anos 1990, publicando em "Cadernos negros". Seu primeiro romance, "Ponciá Vicêncio", foi lançado em 2003, após anos de espera. O reconhecimento veio com o Prêmio Jabuti em 2015, pelo livro de contos "Olhos d’água". Atualmente, Evaristo é uma das autoras mais celebradas do Brasil.

Casa Escrevivência

Em 2023, Evaristo fundou a Casa Escrevivência no Rio de Janeiro, um espaço dedicado à literatura e à cultura afro-brasileira. Ela também participa de eventos literários, como a Bienal do Livro do Rio, onde discutirá temas de memória e resistência ao lado de autoras internacionais.

A escritora destaca a importância da memória na literatura, afirmando que "é a memória que coloca os negros como sujeitos fundantes da nação brasileira". Evaristo também reflete sobre sua trajetória, mencionando que a crítica literária frequentemente marginaliza a obra de escritores negros, limitando a percepção de sua estética.

Maternidade e Resistência

Conceição Evaristo é mãe de Ainá, que nasceu com uma deficiência genética rara. A autora compartilha que a maternidade atípica a fortaleceu, afirmando que "Ainá veio ao mundo para ser minha filha". A relação com sua mãe e a vivência de sua infância influenciam profundamente sua escrita e sua visão de mundo.

A escritora, que se candidatou à Academia Brasileira de Letras em 2018, acredita que sua campanha ajudou a promover a discussão sobre representatividade na literatura. Com a aproximação de seu aniversário de oitenta anos, Evaristo continua a trabalhar em novos projetos, reafirmando seu compromisso com a literatura e a cultura afro-brasileira.

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