01 de jun 2025
Museu Fenix em Rotterdam celebra histórias de migração por meio da arte
Museu Fenix em Rotterdam inaugura com "Suitcase Labyrinth", refletindo sobre migração em meio a novas leis anti imigração na Holanda.
Vista interna do Museu Fênix da Migração em Rotterdam, apresentando o Tornado, uma escadaria dupla cujos degraus são feitos de aço inoxidável. (Foto: Peter Dejong - AP)
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A Fenix, novo museu em Rotterdam, inaugurou sua primeira instalação, "Suitcase Labyrinth", com 2.000 malas que contam histórias de migrantes. A abertura ocorreu em um antigo armazém portuário, local de partida de milhões de emigrantes para os EUA e Canadá entre os séculos XIX e XX. O evento contou com a presença da Rainha Máxima e ocorre em um contexto de endurecimento das leis anti-imigração na Holanda.
A instalação "Suitcase Labyrinth" foi criada para refletir a natureza universal do deslocamento humano. A maioria das migrações é forçada, e o museu busca compartilhar essas histórias. Hanneke Mantel, responsável pela exposição, destacou que a Fenix quer mostrar que a migração é "atemporal, universal e humana". O museu não possui uma agenda política explícita, mas sua abertura coincide com um aumento das restrições à imigração no país.
Exposições e Temas
A Fenix apresenta uma coleção diversificada, incluindo objetos pessoais, vídeos e obras de arte que simbolizam a esperança por um futuro melhor. A segunda exposição, "The Family of Migrants", homenageia uma famosa mostra de fotografia de 1955 do Museu de Arte Moderna de Nova York, com 194 fotografias de 55 países. As imagens retratam momentos significativos da migração ao longo do tempo, como a de um refugiado espanhol durante a Guerra Civil.
No lobby do museu, destaca-se a instalação Tornado, uma escadaria projetada pelo arquiteto Ma Yansong, que simboliza a jornada não linear dos migrantes. A estrutura, com 1,86 milhas de tubos e 12.500 tábuas de madeira, oferece uma vista panorâmica da cidade.
Arte e Reflexão
Outra instalação, "All Directions: Art That Moves You", reúne 150 obras de arte contemporânea e histórica, abordando temas de migração e deslocamento. Entre as peças, destaca-se uma obra do artista Yinka Shonibare, que explora a busca por refúgio em um mundo afetado pelas mudanças climáticas. O museu, que faz parte da revitalização do porto de Rotterdam, busca conectar os visitantes com as histórias de migração que moldaram a cidade e o mundo.
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