Cultura

Cientistas revelam rituais de sacrifício humano na Cueva de Sangre, Guatemala

Rituais de sacrifício humano na Cueva de Sangre revelam práticas maias para invocar chuvas, com novas análises de ossos humanos.

Caveira encontrada em 'caverna de sangue' na Guatemala (Foto: Michele M. Bleuze)

Caveira encontrada em 'caverna de sangue' na Guatemala (Foto: Michele M. Bleuze)

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Nas profundezas da floresta tropical da Guatemala, a Cueva de Sangre revela segredos da civilização maia. Análises recentes de ossos humanos encontrados no local indicam que rituais de sacrifício humano ocorreram há cerca de dois mil anos, com o intuito de invocar chuvas para as colheitas. A pesquisa, liderada pela bioarqueóloga Michele Bleuze, da Universidade Estadual da Califórnia, destaca a importância da caverna, localizada sob o antigo centro maia de Dos Pilas, no departamento de Petén.

Os cientistas identificaram sinais de desmembramento ritual em fragmentos de ossos, sugerindo que as partes do corpo tinham valor ritual. Bleuze afirmou que "o que estamos vendo são partes do corpo, não corpos inteiros". Entre os achados, um pedaço de testa com uma incisão e um osso pélvico infantil chamaram a atenção. A antropóloga forense Ellen Fricano confirmou que os ferimentos foram infligidos no momento da morte, reforçando a hipótese de um contexto ritual.

Contexto Ritual

A disposição dos ossos e os materiais encontrados, como lâminas de obsidiana e pedras cobertas com ocre vermelho, indicam que a caverna era um local de cerimônias religiosas. A Cueva de Sangre só era acessível durante a estação seca, entre março e maio, período que antecede as chuvas. Os pesquisadores acreditam que os rituais eram realizados para clamar aos deuses pela água necessária às lavouras, ecoando práticas contemporâneas como o Dia da Santa Cruz, celebrado em três de maio.

O grupo de pesquisa agora se dedica a análises mais detalhadas dos restos mortais. Estão previstas testagens de DNA antigo e exames de isótopos estáveis para identificar a origem e o perfil das vítimas. Bleuze enfatizou: "Nosso foco agora é entender quem eram essas pessoas. Elas foram tratadas de forma completamente distinta do restante da população."

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