Ciência

Astrônomos debatem sinais de vida em K2-18b após novas análises contraditórias

Sinais de vida em K2 18b são contestados; novas análises sugerem que moléculas detectadas podem não ser dimetil sulfeto.

Telescópio Espacial James Webb observando galáxias. (Foto: gregor jeric)  
Impressão artística fornecida pela Agência Espacial Europeia do exoplaneta K2-18b, a 120 anos-luz da Terra. (Foto: Agência Espacial Europeia/NYT)

Telescópio Espacial James Webb observando galáxias. (Foto: gregor jeric) Impressão artística fornecida pela Agência Espacial Europeia do exoplaneta K2-18b, a 120 anos-luz da Terra. (Foto: Agência Espacial Europeia/NYT)

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Astrônomos estão revisitando a possibilidade de vida em K2-18b, um exoplaneta a mais de 120 anos-luz da Terra. Em 2023, uma equipe liderada pelo astrônomo Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, detectou indícios de dimetil sulfeto na atmosfera do planeta, uma molécula associada à vida na Terra. No entanto, novas análises questionam essa descoberta.

As observações iniciais foram feitas com o Telescópio Espacial James Webb, que revelou mudanças sutis na luz da estrela enquanto K2-18b transitava. Os pesquisadores identificaram hidrogênio, dióxido de carbono e metano, além do dimetil sulfeto. Madhusudhan afirmou que havia apenas uma chance em trezentas de que o sinal fosse um acaso. Contudo, a detecção do dimetil sulfeto foi considerada fraca e incerta.

Novas Análises

Em maio de 2023, uma equipe liderada por Rafael Luque, da Universidade de Chicago, analisou os dados e não encontrou evidências claras de dimetil sulfeto. Eles combinaram observações em diferentes comprimentos de onda e relataram sinais de hidrogênio, dióxido de carbono e metano, mas não do gás controverso. Luque e seus colegas argumentaram que as novas observações eram muito mais fracas e poderiam ser confundidas com ruídos.

Outra análise, conduzida por Luis Welbanks, considerou noventa moléculas que poderiam estar presentes em K2-18b. O estudo sugeriu que o sinal poderia ser atribuído a outras substâncias, como o propino, um gás utilizado como combustível. Os pesquisadores não afirmaram que o propino estava presente, mas indicaram que a luz fraca da atmosfera poderia gerar padrões ambíguos.

Expectativas Futuras

Madhusudhan e sua equipe responderam às críticas, afirmando que o dimetil sulfeto ainda era um bom candidato. Eles analisaram seiscentas e cinquenta moléculas e mantiveram o dimetil sulfeto entre as principais possibilidades. O debate sobre a presença de vida em K2-18b continua, e novas observações estão programadas para 2024, com a expectativa de esclarecer a situação.

O astrônomo Renyu Hu, do Jet Propulsion Laboratory, está preparando resultados que incluirão dados adicionais, o que pode dissipar a confusão atual. A comunidade científica aguarda ansiosamente por essas novas informações, que podem trazer mais clareza sobre a atmosfera de K2-18b e suas implicações para a busca de vida extraterrestre.

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