Ciência

Estudo revela migração dos primeiros humanos para a América e suas divisões genéticas

Estudo revela que nativos americanos enfrentaram queda populacional de até 80% em 10 mil anos, com preocupante baixa diversidade genética.

Vista das antigas casas de Machu Picchu, na região de Cusco, no Peru (Foto: Wikimedia Commons)

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Uma nova pesquisa revela que os nativos americanos enfrentaram uma drástica redução populacional de até 80% nos últimos 10.000 anos. O estudo, publicado na revista Science, analisou 1.537 genomas de 139 etnias e identificou quatro grandes linhagens genéticas.

Os pesquisadores, liderados pelo Consórcio Genome Asia 100K, indicam que a migração dos primeiros humanos da Ásia para a América ocorreu através do Estreito de Bering, resultando em três divisões populacionais principais. A primeira separação ocorreu entre 26.800 e 19.300 anos atrás, durante o Último Máximo Glacial, quando os nativos americanos se distanciaram dos povos da Eurásia do Norte.

A segunda divisão populacional aconteceu entre 17.500 e 14.600 anos atrás, separando os grupos que se tornariam as tribos indígenas da América do Norte e da América Central e do Sul. Por fim, há cerca de 13.900 anos, surgiram as quatro linhagens nativas da América do Sul: andinos, amazônicos, do Chaco e patagônicos.

Impactos Genéticos

O estudo destaca que a diversidade genética dos nativos americanos é preocupantemente baixa, especialmente em relação aos genes do antígeno leucocitário humano (HLA), essenciais para a saúde imunológica. Essa redução na diversidade genética pode ter tornado esses grupos mais vulneráveis a novos patógenos, especialmente após a chegada dos colonizadores europeus.

Os pesquisadores enfatizam a importância de considerar as necessidades médicas específicas dos povos indígenas contemporâneos. Muitas vezes, os medicamentos são desenvolvidos com base em populações europeias, ignorando as variantes genéticas dos indígenas.

O estudo também sugere que a adaptação dos genomas a ambientes extremos pode ser desafiada pelas mudanças climáticas atuais, aumentando os riscos à saúde dessas populações. A pesquisa ressalta a conexão entre o ambiente e a evolução genética ao longo da história.

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