Abdullah Hashem se apresenta como novo líder religioso após morte do Papa Francisco

Abdullah Hashem se apresenta como o verdadeiro sucessor de Pedro e Jesus, buscando unir muçulmanos, cristãos e judeus. Desde a morte do Papa Francisco, em 21 de abril de 2025, o discurso de Hashem ganhou destaque nas redes sociais. Ele se autodenomina o mahdi e afirma ter cumprido profecias, incluindo a morte do Papa.

Hashem, fundador da Religião Ahmadi da Paz e da Luz, alega ser o sucessor de figuras importantes no Islã e no cristianismo. Em seus sermões, ele convoca os cristãos a reconhecerem sua liderança, afirmando que a vacância do Trono Papal é um sinal divino. “Chegou a hora de o herdeiro legítimo assumir sua posição”, diz um vídeo do movimento.

As reações entre os cristãos são polarizadas. Alguns o chamam de anticristo, citando profecias bíblicas que alertam sobre falsos messias. Outros minimizam sua relevância, apontando que seu canal no YouTube tem cerca de setenta mil inscritos. Hashem refuta as críticas, afirmando ser um mensageiro de Jesus e criticando a deturpação do monoteísmo.

Origem e Propósitos da Religião

Abdullah Hashem, nascido em 1983, é filho de um muçulmano egípcio e uma norte-americana com raízes judaicas e cristãs. A Religião Ahmadi da Paz e da Luz foi fundada no Iraque nos anos 1990 e está presente em quarenta países. O grupo defende um governo teocrático e se opõe à democracia.

Hashem afirma ter cumprido várias profecias, incluindo a morte do rei Abdullah da Arábia Saudita. Ele também menciona a “sétima aliança” que incluirá membros da comunidade LGBTQ+. Desde a morte do Papa, seguidores de Hashem têm se reunido em diversas cidades para divulgar sua mensagem.

A Escatologia e a Reação Global

A figura de Hashem se insere em um contexto escatológico, onde a vinda do mahdi é esperada por muitos muçulmanos. No Islã, a chegada do mahdi coincide com o retorno de Jesus, que atuará como seu ajudante. Essa crença gera expectativas sobre a conversão global ao Islã.

Com a morte do Papa Francisco, Abdullah Hashem se apresenta como um líder divinamente escolhido. “A vacância do Trono Papal não é um acidente, mas um sinal divino”, afirma um vídeo do movimento. A situação continua a gerar debates intensos entre diferentes comunidades religiosas.