04 de mai 2025
Cresce o catolicismo na África enquanto Igreja Católica se distancia da Europa
Crescimento de católicos na África e possibilidade de um Papa negro marcam novos rumos para a Igreja Católica em meio a desafios globais.
Papa Francisco (centro) chega para a missa no aeroporto de N'Dolo, em Kinshasa, República Democrática do Congo, em 2023 (Foto: Tiziana FABI / AFP)
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A Igreja Católica enfrenta desafios globais, como a secularização na Europa e a perda de fiéis na América Latina. Contudo, em 2023, a África registrou um crescimento expressivo, com mais de oito milhões de novas conversões ao catolicismo. O continente agora representa 20% dos católicos do mundo, com um aumento de 3,31% em relação ao ano anterior.
A República Democrática do Congo lidera em número de fiéis, com quase 55 milhões, seguida pela Nigéria, com 35 milhões. Especialistas destacam o papel do Papa Francisco na expansão da Igreja na África. Desde 2013, ele visitou dez países africanos e se envolveu em mediações de conflitos, como no Sudão do Sul.
Possibilidade de um Papa Negro
O debate sobre a escolha de um novo Papa inclui a possibilidade de um Papa negro, como o cardeal Peter Turkson, de Gana. Caso eleito, ele seria o primeiro pontífice negro da história moderna. Turkson, que já se manifestou sobre temas como crise climática e direitos humanos, poderia dar continuidade às reformas progressistas iniciadas por Francisco.
A nomeação de cardeais durante o papado de Francisco também reflete essa mudança. Ele nomeou 80% dos cardeais com menos de 80 anos, aumentando a representatividade de continentes como a África e a Ásia. Atualmente, 40% dos cardeais são da Europa, uma queda em relação a 51% em 2013.
Desafios e Oportunidades
A Igreja Católica na África atua em frentes como fome, pobreza e guerra, oferecendo apoio a comunidades vulneráveis. A abordagem católica difere da dos evangélicos pentecostais, que se concentram na expansão territorial e política. A escolha do próximo Papa poderá influenciar o futuro da Igreja no continente, decidindo se as reformas de Francisco continuarão ou se haverá um retorno a uma perspectiva mais conservadora.
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