Pesquisa revela que a maioria das pessoas no mundo acredita em Deus e valoriza a religião

Uma pesquisa inédita da Gallup, divulgada no final de abril, revelou que a maioria das pessoas no mundo acredita em Deus. O estudo, que envolveu 90 mil pessoas em 85 países, foi realizado em parceria com a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (BFBS) e a Sociedade Bíblica Unida (UBS). A pesquisa, chamada de Iniciativa de Patmos, analisou as opiniões sobre a Bíblia e a fé.

Os resultados mostraram que 62% dos entrevistados no Reino Unido acreditam em Deus. Em cinco dos sete grupos analisados, a maioria afirmou que a religião é importante em suas vidas diárias. Apesar do declínio da religiosidade em algumas regiões, a crença em um poder superior permanece forte.

Conhecimento da Bíblia

A pesquisa também destacou a baixa familiaridade com a Bíblia em partes da Ásia. Em regiões como o Sudeste Asiático e a Índia, até 75% das pessoas não têm conhecimento sobre as Escrituras. Mais da metade dos entrevistados nessas áreas não sabia nem que a Bíblia existia. Além disso, mais de um quarto da população cristã global ainda não possui uma Bíblia em um idioma que compreenda.

O estudo revelou que o uso da Bíblia é mais frequente em países onde os cristãos são minoria, como em nações de maioria muçulmana. No Ocidente, quase um terço dos cristãos não considera a Bíblia relevante. Apenas 42% dos cristãos afirmaram usar a Bíblia semanalmente.

Interesses e Engajamento

Richard Powney, líder do projeto da Iniciativa Patmos, afirmou que os dados desafiam narrativas sobre o declínio da religião. “A maioria das pessoas ainda considera a religião uma parte importante de suas vidas”, disse. O Secretário-Geral das Sociedades Bíblicas Unidas, Dirk Gevers, destacou que as descobertas oferecem um quadro abrangente sobre o envolvimento com as Escrituras.

A pesquisa também mostrou que 70% dos entrevistados acreditam que ensinar histórias bíblicas para crianças é positivo. Além disso, 11% dos não cristãos expressaram interesse em aprender mais sobre a Bíblia, o que representa cerca de 250 milhões de pessoas. A Iniciativa de Patmos busca promover a disponibilidade da Bíblia e o engajamento significativo com as Escrituras.