Cresce número de frequentadores de igrejas evangélicas no Reino Unido após pandemia

Uma pesquisa da Aliança Evangélica do Reino Unido (EA UK) revelou que a frequência a cultos aumentou 13% desde janeiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19. O estudo, intitulado “Changing Church 2025”, entrevistou 305 pastores e quase mil pessoas para avaliar as mudanças nas congregações evangélicas no país.

O número de conversões também cresceu, com uma média de três novas adesões por igreja nos últimos três meses. Gavin Calver, CEO da EA UK, destacou que as igrejas estão crescendo ao compartilhar a esperança de Jesus, refletindo uma abertura maior à fé. Apesar do aumento na frequência geral, a participação semanal caiu de 90% para 78% desde 2020.

Desafios para Igrejas Menores

A pesquisa identificou diferenças significativas entre igrejas de diferentes tamanhos. Enquanto as grandes congregações estão se expandindo, as menores enfrentam dificuldades, como a escassez de voluntários. Uma em cada cinco igrejas menores relatou que a falta de voluntários impacta seus ministérios, especialmente os voltados para crianças e jovens.

Danny Webster, responsável pelo estudo, afirmou que, embora os hábitos de participação tenham mudado, a vida da igreja se recuperou após os desafios impostos pela pandemia. Ele observou que, apesar da diminuição na frequência, as congregações estão atraindo novos membros.

Abertura Espiritual no Reino Unido

Evangelistas no Reino Unido notam uma mudança no interesse espiritual da população. Stephen Johnson, que realiza evangelismo em Londres, relatou que as pessoas estão mais receptivas a conversas sobre Jesus. Ele mencionou que até mesmo os jovens, que costumavam ser mais céticos, estão demonstrando interesse em discussões sérias sobre fé.

Pesquisas indicam um crescimento no número de jovens britânicos de 18 a 24 anos que se identificam como cristãos, passando de 4% para 16% nos últimos seis anos. Entre os jovens de 25 a 34 anos, a taxa subiu de 4% para 13%. Esse fenômeno é descrito como “O Avivamento Silencioso”, sinalizando um despertar espiritual entre as novas gerações.