Dengue: entenda os sorotipos e a preocupação com o DENV-3 no Brasil

A dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, afeta milhões globalmente, com destaque para países tropicais como o Brasil. O vírus da dengue (DENV) pertence à família dos flavivírus e possui quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governo está intensificando as medidas de prevenção, focando na eliminação dos focos do mosquito transmissor.

Os sorotipos são variações do vírus que, apesar de pertencerem à mesma espécie, apresentam diferenças em sua composição antigênica. Isso implica que uma infecção por um sorotipo não confere imunidade contra os outros, permitindo que uma pessoa seja infectada até quatro vezes. Infecções subsequentes por diferentes sorotipos podem aumentar o risco de formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica.

O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais preocupantes devido ao seu potencial de causar formas graves da doença. Estudos mostram que, após a segunda infecção, independentemente do sorotipo, há uma predisposição para quadros mais severos. O aumento da incidência da dengue no Brasil entre 2000 e 2002 foi associado à introdução do DENV-3, elevando o risco de epidemias.

Para prevenir a dengue, é crucial intensificar as medidas de controle do mosquito transmissor. Recomenda-se eliminar focos de água parada, usar repelentes e instalar telas de proteção. É fundamental estar atento aos sintomas e buscar assistência médica imediata em casos de suspeita, especialmente se houver sinais de alarme, como dor abdominal intensa e sangramentos. A vigilância e a adoção de medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação da dengue.