Ciência

Astrônomos registram pela primeira vez órbitas perpendiculares em exoplaneta raro

Pesquisadores do ESO revelam exoplaneta com órbita perpendicular em sistema binário raro, desafiando teorias sobre formação planetária.

Impressão artística da órbita incomum do exoplaneta 2M1510 (AB) b em torno de suas estrelas hospedeiras, um par de anãs marrons. O planeta recém-descoberto tem uma órbita polar, perpendicular ao plano em que as duas estrelas se movem. (Foto: ESO/L. Calçada)

Impressão artística da órbita incomum do exoplaneta 2M1510 (AB) b em torno de suas estrelas hospedeiras, um par de anãs marrons. O planeta recém-descoberto tem uma órbita polar, perpendicular ao plano em que as duas estrelas se movem. (Foto: ESO/L. Calçada)

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Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) registraram evidências de um exoplaneta com órbita perpendicular a um par de anãs marrons, um fenômeno raro e inédito. A descoberta do 2M1510 (AB) b, divulgada nesta quarta-feira (16) na revista Science Advances, desafia modelos teóricos sobre a formação de sistemas planetários.

O planeta orbita duas anãs marrons jovens, corpos celestes menores que estrelas, em um sistema binário eclipsante – onde as estrelas se eclipsam mutuamente vistas da Terra. Essa configuração é incomum, sendo apenas o segundo par conhecido com essa característica. A detecção foi possível graças ao Very Large Telescope, no Chile.

A equipe do ESO identificou o exoplaneta ao analisar as órbitas das anãs marrons, notando perturbações incomuns. Essas irregularidades indicaram a presença de um corpo celeste com um ângulo orbital peculiar. O sistema 2M1510 foi primeiramente detectado em 2018 pelo programa SPECULOOS.

“Um planeta orbitando uma anã marrom binária já é emocionante. O fato de estar em uma órbita polar torna a situação ainda mais incrível”, afirma Amaury Triaud, um dos autores do estudo. A órbita perpendicular, ou polar, nunca havia sido observada diretamente em um sistema binário.

A descoberta foi acidental, segundo os pesquisadores. As observações não tinham como objetivo a busca por planetas ou configurações orbitais específicas. “Isso mostra o que é possível no Universo que habitamos”, completa Triaud. A análise utilizou o espectrógrafo UVES para refinar os parâmetros orbitais e físicos das anãs marrons.

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