Casamento luciferiano em Itatiaia gera polêmica e revela crenças sobre Lúcifer

Um casamento luciferiano foi realizado em Itatiaia, no Rio de Janeiro, marcando o primeiro evento oficial desse tipo no Brasil. A cerimônia, conduzida por líderes da Primeira Igreja Luciferiana, gerou polêmica nas redes sociais devido aos rituais que incluíram símbolos ocultos e a cor vermelha.

Os noivos participaram de uma ritualística que envolveu oferendas à deusa Astaroth, danças e promessas espirituais diante de um altar ornamentado. O noivo chegou a cavalo, enquanto a noiva foi transportada em uma liteira vermelha. Segundo o Mestre Jonan, que celebrou o evento, Lúcifer representa o caminho para o autoconhecimento e a dignidade espiritual, e não uma entidade maligna.

O luciferianismo é frequentemente confundido com o satanismo, mas seus praticantes defendem que se trata de uma filosofia espiritual que busca sabedoria, equilíbrio e autoconhecimento. Para eles, a figura de Lúcifer simboliza luz e liberdade, em contraste com a visão tradicional cristã que o associa ao mal. Os luciferianos acreditam em Deus e seguem princípios morais, como compaixão e fidelidade.

Controvérsias e Reações

A construção de santuários luciferianos, como o de Gravataí, no Rio Grande do Sul, também tem gerado críticas. A Nova Ordem de Lúcifer na Terra, responsável pelo santuário, afirma que a figura de Lúcifer representa o "portador da luz e do autoconhecimento". Os líderes do culto enfatizam que suas práticas não envolvem violência ou discriminação.

Os noivos do casamento em Itatiaia se comprometeram a seguir os Dez Mandamentos da Igreja Luciferiana, que são reservados aos membros. A cerimônia incluiu a entrega simbólica de uma árvore, representando o crescimento da união. Os luciferianos rejeitam a ideia de que Lúcifer é responsável pelos males do mundo, afirmando que a autorresponsabilidade é fundamental.