08 de jan 2025
Divórcio cinza: a crescente separação de casais acima dos 50 anos no Brasil
O "divórcio cinza" representa 30% dos divórcios entre pessoas acima de 50 anos. A expectativa de vida e o empoderamento feminino impulsionam essa tendência. Relações desgastadas são reavaliadas com filhos adultos fora de casa. A separação é vista como oportunidade de autodescoberta e novos projetos. Fernanda de Souza exemplifica a busca por autonomia após 27 anos de casamento.
Tendência é vista não só no Brasil, mas na Europa e EUA, onde pesquisadores apelidaram o fenômeno de “divórcio cinza” (Foto: Freepik)
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O número de divórcios entre pessoas acima de 50 anos tem aumentado significativamente, representando cerca de 30% dos divórcios no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em 2010, essa porcentagem era inferior a 10%. Esse fenômeno, conhecido como “divórcio cinza” ou “grey divorce”, reflete mudanças nas dinâmicas familiares e sociais, impulsionadas pela maior expectativa de vida, aposentadoria e empoderamento feminino.
Com a saída dos filhos de casa, muitos casais percebem uma falta de conexão, levando-os a reavaliar suas relações. A engenheira Fernanda de Souza, de 58 anos, que se separou após 27 anos de casamento, destaca que a decisão não foi fácil, mas trouxe novos horizontes, permitindo-lhe planejar viagens e considerar mudanças de carreira. Essa busca por realização pessoal tem se tornado uma prioridade para muitos.
A valorização da independência feminina também tem contribuído para essa mudança de comportamento. A tabeliã Fernanda Leitão aponta que as mulheres estão cada vez mais cientes de seu potencial e não aceitam mais relacionamentos que as impeçam de seguir seus sonhos. Essa transformação cultural tem levado a uma nova percepção sobre o divórcio, que já não é mais visto como um tabu.
Assim, o aumento das separações na faixa etária acima de 50 anos reflete uma mudança significativa nas expectativas e desejos das pessoas, que buscam viver de forma mais plena e autêntica. A ideia de que é possível recomeçar e investir em si mesmo tem se tornado uma realidade para muitos, promovendo um novo entendimento sobre relacionamentos e felicidade na terceira idade.
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