Vida

Jovem quilombola conquista bolsa de estudos de R$ 2 milhões nos EUA

Jean Pereira dos Santos, de 19 anos, é da comunidade quilombola Kalunga Engenho 2. Ele conquistou bolsa de estudos de mais de R$ 2 milhões nos EUA para estudar. O curso em educação e política social começa em agosto e dura quatro anos. Jean já impactou mais de 11 mil crianças com seu projeto educacional no Brasil. Ele planeja retornar para implementar políticas públicas em sua comunidade.

Jean Pereira dos Santos, de 19 anos, conseguiu uma bolsa de estudos de mais de R$ 2 milhões em uma universidade dos EUA. (Foto: Arquivo pessoal/Jean dos Santos)

Jean Pereira dos Santos, de 19 anos, conseguiu uma bolsa de estudos de mais de R$ 2 milhões em uma universidade dos EUA. (Foto: Arquivo pessoal/Jean dos Santos)

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Jean Pereira dos Santos, um jovem de 19 anos da comunidade quilombola Kalunga Engenho 2, em Cavalcante, no Entorno do DF, conquistou uma bolsa de estudos superior que ultrapassa R$ 2 milhões em uma universidade dos Estados Unidos. Ele iniciará o curso de educação e política social em agosto, após dedicar um ano sabático para se preparar. Jean é ativo na educação da sua comunidade e participa de um projeto que já beneficiou mais de 11 mil crianças no Brasil, abordando o vácuo inspiracional que separa jovens talentos de oportunidades.

Em 2023, Jean participou de um intercâmbio que selecionou 50 jovens de escolas públicas para uma experiência de três semanas nos EUA, onde se encantou com a cultura local. Ele expressou sua gratidão, afirmando que essa conquista é coletiva e agradecendo aos seus ancestrais, ressaltando a importância do legado que o trouxe até aqui. "Essa conquista é nossa", disse Jean, refletindo sobre a influência de sua trajetória.

Jean, que vem de uma família com recursos limitados — sua mãe é cozinheira e seu pai guia turístico —, revelou que não conseguia imaginar estudar fora. Ao receber a notícia da bolsa, ficou em estado de choque, enfrentando dúvidas sobre sua capacidade de realizar esse sonho. Ele terá todas as despesas cobertas pela universidade e o curso terá duração de quatro anos.

O jovem planeja usar sua formação para beneficiar sua comunidade, afirmando que deseja "construir essa ponte" entre a universidade e sua localidade. Ele pretende implementar cursos e workshops, além de trabalhar para que políticas públicas sejam efetivas em comunidades marginalizadas, não apenas em seu quilombo.

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