06 de fev 2025
Guilherme, jovem com paralisia cerebral, conquista 2º lugar em vestibular da UFSCar
Guilherme Isaque, de 18 anos, superou paralisia cerebral e foi aprovado na UFSCar. O vídeo da comemoração viralizou, com mais de 400 mil curtidas nas redes sociais. Ele escolheu ciências sociais para lutar pelos direitos das pessoas com deficiência. Guilherme recebeu apoio da AACD, onde passou 12 anos em reabilitação. A família planeja visitar a UFSCar e a mãe retoma os estudos, inspirada pelo filho.
Guilherme Isaque de Souza Ferreira, de 18 anos, foi aprovado no vestibular da UFSCar em São Carlos (SP) (Foto: Arquivo pessoal)
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Guilherme Isaque de Souza Ferreira, um estudante de 18 anos, foi aprovado em segundo lugar no curso de ciências sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O momento de comemoração foi registrado em vídeo pela mãe e rapidamente viralizou, acumulando mais de 400 mil curtidas nas redes sociais. Guilherme, que tem paralisia cerebral, expressou sua felicidade com a frase: “Passei, passei, mamãe. Eu quero correr, eu quero correr”.
Em entrevista, o jovem revelou que escolheu o curso por seu interesse nas lutas sociais e pelos direitos das pessoas com deficiência. Ele destacou que, embora não tenha sido um aluno nota 10, sempre se dedicou aos estudos, com notas entre 7 e 8. O resultado do Sisu, que deveria ser divulgado em 26 de janeiro, foi adiado, aumentando a ansiedade de Guilherme e outros candidatos. Ao ver seu nome na lista, ele inicialmente pensou que era uma fake news.
A mãe de Guilherme, Zilmar Lima de Souza Ferreira, ficou surpresa ao saber que ele havia se inscrito no vestibular. A família planeja visitar São Carlos para conhecer a cidade e entender melhor a estrutura da UFSCar. Zilmar, que parou os estudos na sétima série, também decidiu retomar a educação, motivada pelo desejo de seus filhos de vê-la formada. “É um sonho dos meus dois filhos de ver eu formada”, disse.
Guilherme enfrentou desafios desde o nascimento, quando sofreu complicações que resultaram em sua condição. Ele recebeu atendimento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) por 12 anos. A mãe sempre o incentivou, afirmando: “Você nasceu para dar certo. Você consegue tudo que você quiser e desistir jamais”. O coordenador médico da AACD, Marcelo Ares, destacou a importância da reabilitação para garantir autonomia e inclusão social para pessoas com deficiência.
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